TRAGÉDIA:
Lindemberg, com Eloá, e preso, num vídeo de uma rede de tevê, em que aparece com o rosto bastante machucado
O País assistiu chocado à história de jovens ex-namorados que acabou em tragédia. Lindemberg Fernandes Alves, 22 anos, atirou contra a ex-namorada Eloá Pimentel e a amiga dela Nayara Rodrigues, ambas de 15 anos, após um seqüestro que durou 100 horas em Santo André, cidade do ABC paulista.
Eloá morreu. Nayara, atingida no rosto, recebeu alta do hospital na quarta-feira 22. Lindemberg está preso. O caso traz à tona incômodos questionamentos que a humanidade se faz sempre que está diante de situações como essa: como uma pessoa, até então insuspeita, é capaz de cometer um crime tão bárbaro? Personalidades que podem, eventualmente, levar a gestos extremos como o de Lindemberg são mais comuns do que se imagina.e o País assistiu chocado à história de jovens exnamorados que acabou em tragédia.
A psicopatia, termo popular para transtorno de personalidade antissocial, atinge cerca de 4% da população (3% de homens e 1% de mulheres), segundo a classificação americana de transtornos mentais - sendo assim, um em cada 25 brasileiros enquadra-se nesse perfil. Isso não significa, é claro, que todos são assassinos em potencial. Mas, para a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, Lindemberg apresenta todas as características de psicopata. "Já está na hora de a sociedade aceitar que há indivíduos que nascem com má índole", afirma a psiquiatra, que lança na segunda-feira 27 o livro Mentes perigosas - o psicopata mora ao lado.
Os graus de psicopatia variam do mais leve, como pequenos delitos e mentiras recorrentes, ao mais grave, que seriam os assassinatos e grandes golpes financeiros. As pessoas com perfil psicopático estão espalhadas em diferentes esferas do cotidiano, no trabalho, nas relações sociais, na família, agindo com excesso de razão e escassez de sentimentos. O desafio é identificá-los e saber lidar com eles.
Os psicopatas não se importam de passar por cima de tudo e de todos para alcançar seus objetivos. Mentem, manipulam e não sentem remorso, muito menos culpa. Ao mesmo tempo, são charmosos e simpáticos. Se algo ou alguém ameaça seus planos, tornam-se agressivos. São mestres em inverter o jogo, colocando-se no papel de vítimas. E estão conscientes de todos os seus atos (não entram em delírio, como em outras doenças mentais). "A maioria não mata. Mas é capaz, porém, de sugar emocional e até financeiramente quem cai na conversa deles", diz Ana Beatriz.É a pessoa perfeita, que se mostra encantadora, boa de papo, rapidamente apaixonada - e nunca tem dinheiro para nada ou começa a se mostrar possessiva. Dá desculpas como "sou ciumento porque meu pai batia na minha mãe" ou pede empréstimos ao parceiro para fazer um novo investimento (e sumir com o dinheiro). É o amigo que diz nunca conseguir emprego, que a família não o compreende e que o chefe o persegue. Por isso, depende de conhecidos para ter onde viver - e passar o dia sem fazer nada útil, usufruindo o conforto que os outros possam lhe proporcionar. É o familiar que humilha, agride física e/ ou verbalmente. Diz ser pavio-curto, mas afirma que isso só acontece porque outro o provocou. Nunca admite um erro e faz as pessoas parecerem culpadas e irresponsáveis. É o profissional simpático e amigo de todos - que logo diz que precisa alertar um colega sobre quanto um terceiro funcionário é falso. Faz intrigas e usa informações íntimas que as pessoas lhes confidenciam para manipulá-las. Nesses exemplos, não há derramamento de sangue, mas prejuízos, financeiros e emocionais, que podem se arrastar por toda a vida de quem cai na teia de um psicopata.Os casos que despertam a atenção costumam ser os hediondos, que provam o grau de frieza a que chega um psicopata. No Brasil, há uma série de casos chocantes, como os que ilustram esta reportagem. No mundo, uma das histórias que mais horrorizaram, recentemente, foi protagonizada pelo austríaco Josef Fritzl, acusado de manter a própria filha presa no porão de casa durante 24 anos e de ter sete filhos com ela. Na última semana, dois jornais da Áustria revelaram parte do conteúdo do relatório da avaliação psicológica pela qual Fritzl passou. "Percebi que tinha uma veia para a maldade. Para alguém nascido para ser estuprador, até que agüentei por muito tempo", diz, em um trecho do relatório. Mas a maioria dos psicopatas não comete crimes. Prestar atenção no comportamento de algumas pessoas quando notar informações incoerentes ou superficiais é uma forma de se preservar. Desconfiar daqueles que são interessantes e parecem ter uma vida ou currículo fantásticos também. "Eles buscam a vulnerabilidade das vítimas. Cheque a história de vida de indivíduos sedutores", diz a psiquiatra Hilda Morano, coordenadora do Departamento de Ética e Psiquiatria Legal da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Entre os indícios que levam a psiquiatra Ana Beatriz a apontar Lindemberg como um psicopata está a premeditação do crime. "Ele falou para os amigos 'vocês vão ouvir falar de mim esta semana'", lembra Ana Beatriz. Ela vê também traços de egocentrismo no rapaz quando ele repetia no cativeiro ser o "príncipe do gueto". Namorar uma menina tão jovem (quando começaram o relacionamento, Eloá tinha 12 anos e ele 19) demonstraria a necessidade de manipulação.
Há quem arrisque dizer que Lindemberg é dono de um comportamento infantilóide. Até por isso, ele namorava uma menina mais nova. Eloá fazia parte do sonho adolescente de realização - era a namorada bonita que lhe pertencia, assim como a moto. "Ele teve uma crise de auto-afirmação diante da moça. Até então, se considerava o bom", afirma o psiquiatra forense Guido Palomba, presidente da Academia de Medicina de São Paulo. Palomba diz que para provar a Eloá que continuava sendo o bom - e assim reconquistá-la - o jovem aproveitou a situação para se exibir, conversar com a polícia, estender na janela a camisa do time, dar entrevistas à tevê. "Ele não sairia de lá de cabeça baixa, como um fracassado na frente dela", questiona o psiquiatra.
Está comprovado que o distúrbio na mente dos psicopatas acontece no sistema límbico, parte do cérebro responsável pelas emoções. Nessas pessoas, a atividade cerebral na região funciona menos do que deveria e, por isso, as emoções não afloram. Para elas, não há diferença entre uma cena de um estupro ou de um pôr-do-sol, por exemplo, como comprovou um estudo de dois neurologistas brasileiros, Jorge Moll e Ricardo Oliveira. Voluntários foram submetidos a uma seqüência de cenas, que mesclavam guerras e crianças brincando, entre outras situações.
A racionalidade deles é tamanha que não são pegos em detectores de mentira. Sabem exatamente o que estão fazendo e mentem com naturalidade.Não há tratamento para esses casos. Psicoterapia e psicanálise podem até ensiná-los a manipular com ainda mais maestria, uma vez que aprendem detalhes sobre o comportamento humano. Por outro lado, psicopatas são satisfeitos consigo mesmos por não apresentarem constrangimentos morais ou sofrimentos emocionais. Descobrir o que ocorre no cérebro deles, além do que já é sabido sobre o sistema límbico, é um passo considerável para abrir frentes de pesquisa que busquem tratamentos.
Psicopatas nascem psicopatas. É importante registrar, porém, que o mundo contemporâneo está repleto de gatilhos para a psicopatia entrar em ação, como a impunidade. "Quando eles sabem que as leis não funcionam, se sentem à vontade para agir como bem entendem", diz Hilda Morano. A internet também se tornou uma porta de acesso fácil e rápida para manipuladores conseguirem seus objetivos e sedutores conquistarem pessoas indefesas. "Para pedófilos, por exemplo, é um trunfo. Eles não precisam se expor se aproximando de uma criança na rua", diz a psiquiatra Ana Beatriz. A atual cultura do "ter" também contribui. "Ela é um estímulo para conseguir um objeto de desejo a qualquer preço", afirma o médico Vladimir Bernik, coordenador da equipe de psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Quando a convivência com um deles for inevitável - como no trabalho, por exemplo -, a solução é se preservar, sem dar detalhes pessoais. Pode parecer exagero. Em muitos casos, até é. Mas, como diz a psiquiatra Ana Beatriz, só assim menos vidas serão dilaceradas.
DIFERENTES PERFIS:
EGOCENTRISMO A pessoa com perfil psicopático passa por cima de tudo - e de qualquer um - para alcançar seus objetivos. É capaz, inclusive, de arquitetar a morte de seus próprios pais e não sentir remorso depois do fato consumado, como fez a jovem e rica Suzane von Richthofen. Em novembro de 2002, ela abriu a porta de sua casa para que o namorado, Daniel, e o irmão dele, Cristian, matassem seus pais, Marísia e Albert, com pancadas de barras de ferro. Depois, foi para um motel. Após o enterro, fez uma reunião com amigos na piscina de casa.
AUSÊNCIA DE CULPA O traço de personalidade que melhor define um psicopata é a ausência de culpa. Exatamente o que demonstrou a empresária Sílvia Calabrese, presa em março, em Goiânia, por maltratar e torturar uma menina de 12 anos que morava com ela. A garota foi encontrada em seu apartamento com os braços acorrentados em uma escada, uma mordaça embebida em pimenta, dedos e dentes quebrados, unhas arrancadas, marcas de ferro quente pelo corpo. Questionada, Sílvia alegou que estava educando a criança e não mostrou nenhum arrependimento.
FRIEZAO psicopata é frio, não sente emoção, é racional ao extremo. Como o ator Guilherme de Pádua, que, após matar a atriz Daniella Perez com golpes de punhal, em dezembro de 1992, foi ao velório prestar solidariedade à mãe, Gloria Perez, e ao marido da vítima, o ator Raul Gazolla. Durante o interrogatório, depois de se entregar, estava calmo e relatou o assassinato sem esboçar reação alguma.
CHARME E SIMPATIA Os psicopatas são sedutores. Adulam e agradam à "vítima", mas mudam radicalmente de comportamento se contrariados. Como a jovem Kelly dos Santos, 19 anos, presa em agosto de 2007, em São Paulo, acusada de estelionato, furto e falsidade ideológica. Kelly se passava por rica e cativava com sua simpatia e desenvoltura para depois furtar jóias, dinheiro, cartões de crédito e talões de cheque. Quando não convencia, era arrogante, fazia escândalo e destratava as pessoas.
Critérios Diagnósticos para Transtorno da Personalidade Anti-Social A. Um padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros, que ocorre desde os 15 anos, como indicado por pelo menos três dos seguintes critérios: (1) fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamentos legais, indicado pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção(2) propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer.(3) impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro(4) irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas(5) desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia(6) irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras e dificuldades em manter relacionamentos intimos, apesar da grande facilidade em inicia-los.(7) ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado outra pessoa B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade. C. Existem evidências de Transtorno da Conduta com início antes dos 15 anos de idade. D. A ocorrência do comportamento anti-social não se dá exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia ou Episódio Maníaco.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
A Psicologia na Oncologia
CAPITULO I:
Entendendo a Psicossomática
É sabido que a origem Psicológica sobre o Câncer está relacionada à mágoa.
Existem pessoas que vivem de forma sofrida e negativa guardando apenas raiva e rancor dentro de si, não aceitam ajuda de amigos ou entes queridos que estejam ao seu redor e não conseguem assimilar seus próprios problemas que tendem a crescerem com o decorrer do tempo até tornarem-se insuportáveis. Essas mesmas pessoas deixam passar oportunidades em suas vidas pelo motivo de não conseguirem enxergar nada além do que seu próprio sofrimento. É uma situação que cria um grande desgaste em todas as pessoas que querem ajudar, até mesmo por que em muitos casos é nítido para o externo o erro que essas pessoas estão fazendo consigo e a negação interna sendo usada como mecanismo de defesa para não encararem tal fato. Nesse caso classificamos esse processo como resistência. É a negação em lidar com os conflitos e com suas emoções. A pessoa que se encontra resistente vai começar a atrair só negativismo, pois é dessa forma que ela está e é dessa forma que a vida vai tratá-la. Caminhando mais um pouco por esse processo, no qual ela continua se afundando e não usando seus olhos e ouvidos para o positivo, por fim o corpo passa a falar e ela descobre que psicossomatizou um Câncer. Esse é o processo da Psicossomática. Ela surge no final quando a pessoa não conseguiu trabalhar suas questões, não conseguiu dar valor para si, não deu ouvidos para quem quis ajudá-la e acabou infelizmente passando para uma etapa mais séria. É importante quando a pessoa não está estruturada, procurar ajuda para que esse profissional a guie fazendo com que ela consiga entender o porquê de todos esses conflitos e a conecte com a realidade. Muitas vezes vai ser difícil e não vai adiantar muito. Mas se a pessoa estiver aberta no sentido de querer ajuda perante esse momento crítico de sua vida, ela vai conseguir captar e internalizar as palavras de conforto das pessoas. Seu inconsciente vai passar a agir fazendo com que ela entenda melhor o seu processo. Precisa-se de muita paciência, pois podem ocorrer alguns casos em que a pessoa tem consciência de seus conflitos internos, mas não tem a força para agir. Nesse caso deve-se ao mal que ela deixou penetrar em si e que tirou sua libido para ter atitude de lutar contra o problema.
A vida é feita de escolhas o tempo inteiro. Escolhas que podem ter conseqüências ou não. Momentos em que você perde de um lado, mas ganha do outro. Se a pessoa estiver fechada para seguir em frente e para o novo, ela vai enxergar apenas o lado sombra. O lado sombra é o nosso lado negativo e escuro, mas que pode tornar-se bom e positivo se for desenvolvido. Por exemplo, a criança é briguenta, teimosa e muitos pais a vêem como se fosse um lado ruim nela. Mas é um lado que pode ser bom e que está apenas sombreado, ou seja, está sendo utilizado de uma forma negativa no momento, mas pelo motivo da criança não ter consciência ainda. Futuramente pode ser transformado em algo bom como uma personalidade forte na pessoa ou uma insistência em sempre lutar e não desistir fácil. Mas isso ocorre se ela for trabalhando suas emoções no decorrer de seu desenvolvimento. Em caso contrário pode continuar birrenta e teimosa na vida adulta, atrasando os seus progressos ou o modo distorcido de lidar com as situações.
Hoje em dia é comum também observarmos pessoas que não vivem com o que tem ou com o que foi conquistado ao longo da vida e sim apenas com o que foi perdido e deixado para traz. Trabalham sempre na falta e no que poderia ter sido, não possuem um olhar de prosperidade e abundância. Chamamos isso de Crença Limitadora. É preciso tirar esse escudo de resistência ao novo. É necessário estarmos mais abertos para o que à natureza nos proporciona em oportunidades, pois é dessa forma positiva e inovadora que atrairemos sempre coisas boas em nossas vidas.
Entendendo a Psicossomática
É sabido que a origem Psicológica sobre o Câncer está relacionada à mágoa.
Existem pessoas que vivem de forma sofrida e negativa guardando apenas raiva e rancor dentro de si, não aceitam ajuda de amigos ou entes queridos que estejam ao seu redor e não conseguem assimilar seus próprios problemas que tendem a crescerem com o decorrer do tempo até tornarem-se insuportáveis. Essas mesmas pessoas deixam passar oportunidades em suas vidas pelo motivo de não conseguirem enxergar nada além do que seu próprio sofrimento. É uma situação que cria um grande desgaste em todas as pessoas que querem ajudar, até mesmo por que em muitos casos é nítido para o externo o erro que essas pessoas estão fazendo consigo e a negação interna sendo usada como mecanismo de defesa para não encararem tal fato. Nesse caso classificamos esse processo como resistência. É a negação em lidar com os conflitos e com suas emoções. A pessoa que se encontra resistente vai começar a atrair só negativismo, pois é dessa forma que ela está e é dessa forma que a vida vai tratá-la. Caminhando mais um pouco por esse processo, no qual ela continua se afundando e não usando seus olhos e ouvidos para o positivo, por fim o corpo passa a falar e ela descobre que psicossomatizou um Câncer. Esse é o processo da Psicossomática. Ela surge no final quando a pessoa não conseguiu trabalhar suas questões, não conseguiu dar valor para si, não deu ouvidos para quem quis ajudá-la e acabou infelizmente passando para uma etapa mais séria. É importante quando a pessoa não está estruturada, procurar ajuda para que esse profissional a guie fazendo com que ela consiga entender o porquê de todos esses conflitos e a conecte com a realidade. Muitas vezes vai ser difícil e não vai adiantar muito. Mas se a pessoa estiver aberta no sentido de querer ajuda perante esse momento crítico de sua vida, ela vai conseguir captar e internalizar as palavras de conforto das pessoas. Seu inconsciente vai passar a agir fazendo com que ela entenda melhor o seu processo. Precisa-se de muita paciência, pois podem ocorrer alguns casos em que a pessoa tem consciência de seus conflitos internos, mas não tem a força para agir. Nesse caso deve-se ao mal que ela deixou penetrar em si e que tirou sua libido para ter atitude de lutar contra o problema.
A vida é feita de escolhas o tempo inteiro. Escolhas que podem ter conseqüências ou não. Momentos em que você perde de um lado, mas ganha do outro. Se a pessoa estiver fechada para seguir em frente e para o novo, ela vai enxergar apenas o lado sombra. O lado sombra é o nosso lado negativo e escuro, mas que pode tornar-se bom e positivo se for desenvolvido. Por exemplo, a criança é briguenta, teimosa e muitos pais a vêem como se fosse um lado ruim nela. Mas é um lado que pode ser bom e que está apenas sombreado, ou seja, está sendo utilizado de uma forma negativa no momento, mas pelo motivo da criança não ter consciência ainda. Futuramente pode ser transformado em algo bom como uma personalidade forte na pessoa ou uma insistência em sempre lutar e não desistir fácil. Mas isso ocorre se ela for trabalhando suas emoções no decorrer de seu desenvolvimento. Em caso contrário pode continuar birrenta e teimosa na vida adulta, atrasando os seus progressos ou o modo distorcido de lidar com as situações.
Hoje em dia é comum também observarmos pessoas que não vivem com o que tem ou com o que foi conquistado ao longo da vida e sim apenas com o que foi perdido e deixado para traz. Trabalham sempre na falta e no que poderia ter sido, não possuem um olhar de prosperidade e abundância. Chamamos isso de Crença Limitadora. É preciso tirar esse escudo de resistência ao novo. É necessário estarmos mais abertos para o que à natureza nos proporciona em oportunidades, pois é dessa forma positiva e inovadora que atrairemos sempre coisas boas em nossas vidas.
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quinta-feira, 30 de outubro de 2008
LIMITES DA TOLERÂNCIA
Tudo tem limites, também a tolerância, pois nem tudo vale neste mundo. Os profetas de ontem e de hoje sacrificaram suas vidas porque ergueram sua voz e tiveram a coragem de dizer: "Não te é permitido fazer o que fazes...". Há situações em que a tolerância significa cumplicidade com o crime, omissão culposa, insensibildade ética ou comodismo. Não devemos ter tolerância com aqueles que têm poder de erradicar a vida humana do Planeta e de destruir grande parte da biosfera. Há que submetê-los a controles severos.
Não devemos ser tolerantes com aqueles que invadem a privacidade alheia usando meios ilicitos em nome de uma falsa dúvida.Não devemos ser tolerantes com aqueles que assassinam inocentes, abusam sexualmente de crianças, traficam órgãos humanos. Cabe aplicar-lhes duramente às leis. Não devemos ser tolerantes com aqueles que escravizam menores para produzir mais barato e lucrar no mercado mundial. Aplicar contra eles a legislação mundial. Não devemos ser tolerantes com terroristas que em nome de sua religião ou projeto político cometem crimes e matanças. Prendê-los e levá-los às barras dos tribunais. Não devemos ser tolerantes com aqueles que falsificam remédios que levam pessoas à morte ou instauram políticas de corrupção que delapidam os bens públicos. Contra estes devemos ser especialmente duros, pois ferem o bem comum. Não devemos ser tolerantes com as máfias das armas, das drogas e da prostituição que incluem seqüestros, torturas e eliminação física de pessoas. Há punições claras. Não devemos ser tolerantes com práticas que, em nome da cultura, cortam as mãos dos ladrões e submetem mulheres a mutilações genitais. Contra isso valem os direitos humanos. Nestes níveis não há que ser tolerante, mas decididamente firme, rigoroso e severo. Isso é virtude da justiça e não vício da intolerância. Se não formos assim, não teremos princípios e seremos cúmplices com o mal. A tolerância sem limites liquida com a tolerância, assim como a liberdade sem limites conduz à tirania do mais forte. Tanto a liberdade quanto a tolerância precisam, portanto, da proteção da lei. Senão, assistiremos a ditadura de uma única visão de mundo que nega todas as outras. O resultado é raiva e vontade de vingança, fermento do terrorismo. Onde estão então os limites da tolerância? No sofrimento, nos direitos humanos e nos direitos da natureza. Lá onde pessoas são desumanizadas, aí termina a tolerância. Ninguém tem o direito de impor sofrimento injusto ao outro. Os direitos ganharam sua expressão na Carta dos Direitos Humanos da ONU, assinada por todos os países. Todas as tradições devem se confrontar com aqueles preceitos. Se práticas implicarem violação daqueles enunciados, não podem se justificar. A Carta da Terra zela pelos direitos da natureza. Quem os violar perde legitimidade. Por fim, é possível ser tolerante com os intolerantes? A história comprovou que combater a intolerância com outra intolerância leva à aspiral da intolerância. A atitude pragmática busca estabelecer limites. Se a intolerância implicar crime e prejuízo manifesto a outros, vale o rigor da lei e a intolerância deve ser enquadrada. Fora deste constrangimento legal, vale a liberdade. Deve-se confrontar o intolerante com a realidade que todos compartilham como espaço vital. Deve-se levá-lo ao diálogo incansável e fazê-lo perceber as contradições de sua posição. O melhor caminho é a democracia sem fim, que se propõe incluir a todos e a respeitar um pacto social comum.
Não devemos ser tolerantes com aqueles que invadem a privacidade alheia usando meios ilicitos em nome de uma falsa dúvida.Não devemos ser tolerantes com aqueles que assassinam inocentes, abusam sexualmente de crianças, traficam órgãos humanos. Cabe aplicar-lhes duramente às leis. Não devemos ser tolerantes com aqueles que escravizam menores para produzir mais barato e lucrar no mercado mundial. Aplicar contra eles a legislação mundial. Não devemos ser tolerantes com terroristas que em nome de sua religião ou projeto político cometem crimes e matanças. Prendê-los e levá-los às barras dos tribunais. Não devemos ser tolerantes com aqueles que falsificam remédios que levam pessoas à morte ou instauram políticas de corrupção que delapidam os bens públicos. Contra estes devemos ser especialmente duros, pois ferem o bem comum. Não devemos ser tolerantes com as máfias das armas, das drogas e da prostituição que incluem seqüestros, torturas e eliminação física de pessoas. Há punições claras. Não devemos ser tolerantes com práticas que, em nome da cultura, cortam as mãos dos ladrões e submetem mulheres a mutilações genitais. Contra isso valem os direitos humanos. Nestes níveis não há que ser tolerante, mas decididamente firme, rigoroso e severo. Isso é virtude da justiça e não vício da intolerância. Se não formos assim, não teremos princípios e seremos cúmplices com o mal. A tolerância sem limites liquida com a tolerância, assim como a liberdade sem limites conduz à tirania do mais forte. Tanto a liberdade quanto a tolerância precisam, portanto, da proteção da lei. Senão, assistiremos a ditadura de uma única visão de mundo que nega todas as outras. O resultado é raiva e vontade de vingança, fermento do terrorismo. Onde estão então os limites da tolerância? No sofrimento, nos direitos humanos e nos direitos da natureza. Lá onde pessoas são desumanizadas, aí termina a tolerância. Ninguém tem o direito de impor sofrimento injusto ao outro. Os direitos ganharam sua expressão na Carta dos Direitos Humanos da ONU, assinada por todos os países. Todas as tradições devem se confrontar com aqueles preceitos. Se práticas implicarem violação daqueles enunciados, não podem se justificar. A Carta da Terra zela pelos direitos da natureza. Quem os violar perde legitimidade. Por fim, é possível ser tolerante com os intolerantes? A história comprovou que combater a intolerância com outra intolerância leva à aspiral da intolerância. A atitude pragmática busca estabelecer limites. Se a intolerância implicar crime e prejuízo manifesto a outros, vale o rigor da lei e a intolerância deve ser enquadrada. Fora deste constrangimento legal, vale a liberdade. Deve-se confrontar o intolerante com a realidade que todos compartilham como espaço vital. Deve-se levá-lo ao diálogo incansável e fazê-lo perceber as contradições de sua posição. O melhor caminho é a democracia sem fim, que se propõe incluir a todos e a respeitar um pacto social comum.
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Quem precisa de terapia?
As dores da alma deixaram há muito tempo de ser tratadas como frescura e, hoje, incomodam tanto as pessoas quanto qualquer sintoma físico. Inúmeras pesquisas que comprovam a influência das emoções na saúde também ajudaram a popularizar a figura do terapeuta. Resultado: o perfil de quem busca ajuda psicológica mudou e a psicoterapia parece ter virado moda.No dia-a-dia, é comum ouvir um colega de trabalho ou algum familiar - que não demonstra qualquer sinal de carências, dilemas ou traumas emocionais -dizer que está atrasado para a terapia. Aliás, a "mania" dessa geração que se acostumou a culpar o estresse por todos os fracassos invadiu até a área do entretenimento.
Isso mesmo. O canal de TV paga HBO, por exemplo, aposta na série Em Terapia, que apresenta um formato de programa inusitado: a cada dia da semana, o público "invade" o consultório do psicanalista Paul Weston, interpretado pelo ator Gabriel Byrne, e assistem de camarote às sessões, descobrindo as angústias e dúvidas de cada paciente.A série mostra que qualquer pessoa poderia estar naquele divã. Segunda-feira é a vez da anestesista Laura, que acaba se apaixonando por Paul; os 30 minutos da terça são destinados ao piloto Alex e os da quarta à ginasta Sophie; na quinta, o especialista recebe o casal Jake e Amy. Mas, o momento mais esperado é a sexta-feira quando Paul - isso mesmo, o próprio psicanalista - se submete aos conselhos da terapeuta Gina.Com tanta gente interessada em se descobrir e resolver seus fantasmas, talvez só reste uma grande dúvida existencial nos consultórios: será que todo mundo precisa de ajuda psicológica? Segundo a psicóloga Marina Vasconcellos, a terapia é válida para todos que pretendem se conhecer melhor. "E, claro, todas as pessoas buscam a terapia impulsionadas por alguma dificuldade, seja ela emocional, profissional ou de outra natureza", afirma.
Mas, afinal de contas, o que é terapia?O termo correto é psicoterapia e trata-se de um tratamento para doenças mentais ou psíquicas, sem o uso de medicamento, e para ajudar o paciente a resolver ou lidar melhor com seus conflitos emocionais. Esses dilemas, inclusive,podem vir a se manifestar fisicamente sob a forma de dores - são as chamadas doenças psicossomáticas.O psiquiatra entra em cena quando há uma doença psíquica em que a medicação vai poder ajudar, como em casos de depressão, pânico, transtorno obsessivo-compulsivo. "Mas é fundamental que o paciente faça psicoterapia também, porque o resultado é melhor", diz a psiquiatra Maíra Della Monica Machado, da Faculdade de Medicina do ABC.Há diferença entre psicólogo, psicanalista e psiquiatra?Se você pretende receber acompanhamento de um profissional que trate dos "males da alma", mas está em dúvida de qual especialista procurar, confira a especialidade de cada um deles:- psicólogo: ele tem a formação acadêmica em psicologia e optou pela área clínica para trabalhar como psicoterapeuta. Pode seguir diversas linhas teóricas, como a de Jung ou a de Freud.- psicanalista: é o psicólogo ou mesmo médico que se especializou na psicanálise, ou seja, na teoria criada por Freud. É também denominado apenas de analista.- psiquiatra: é a pessoa que se formou em Medicina e, posteriormente, fez especialização em psiquiatria. É o único que pode receitar remédios para doenças mentais e psíquicas, como depressão, pânico, esquizofrenia.
ServiçoMaíra Della Monica Machado - psiquiatrawww.fmabc.brMarina Vasconcellos - psicólogamarina.vasconcellos@neolatina.netSueli Castillo - psicólogawww.sueli.psc.br As dores da alma deixaram há muito tempo de ser tratadas como frescura e, hoje, incomodam tanto as pessoas quanto qualquer sintoma físico. Inúmeras pesquisas que comprovam a influência das emoções na saúde também ajudaram a popularizar a figura do terapeuta. Resultado: o perfil de quem busca ajuda psicológica mudou e a psicoterapia parece ter virado moda.No dia-a-dia, é comum ouvir um colega de trabalho ou algum familiar - que não demonstra qualquer sinal de carências, dilemas ou traumas emocionais -dizer que está atrasado para a terapia. Aliás, a "mania" dessa geração que se acostumou a culpar o estresse por todos os fracassos invadiu até a área do entretenimento.
Isso mesmo. O canal de TV paga HBO, por exemplo, aposta na série Em Terapia, que apresenta um formato de programa inusitado: a cada dia da semana, o público "invade" o consultório do psicanalista Paul Weston, interpretado pelo ator Gabriel Byrne, e assistem de camarote às sessões, descobrindo as angústias e dúvidas de cada paciente.A série mostra que qualquer pessoa poderia estar naquele divã. Segunda-feira é a vez da anestesista Laura, que acaba se apaixonando por Paul; os 30 minutos da terça são destinados ao piloto Alex e os da quarta à ginasta Sophie; na quinta, o especialista recebe o casal Jake e Amy. Mas, o momento mais esperado é a sexta-feira quando Paul - isso mesmo, o próprio psicanalista - se submete aos conselhos da terapeuta Gina.Com tanta gente interessada em se descobrir e resolver seus fantasmas, talvez só reste uma grande dúvida existencial nos consultórios: será que todo mundo precisa de ajuda psicológica? Segundo a psicóloga Marina Vasconcellos, a terapia é válida para todos que pretendem se conhecer melhor. "E, claro, todas as pessoas buscam a terapia impulsionadas por alguma dificuldade, seja ela emocional, profissional ou de outra natureza", afirma.
Mas, afinal de contas, o que é terapia?O termo correto é psicoterapia e trata-se de um tratamento para doenças mentais ou psíquicas, sem o uso de medicamento, e para ajudar o paciente a resolver ou lidar melhor com seus conflitos emocionais. Esses dilemas, inclusive,podem vir a se manifestar fisicamente sob a forma de dores - são as chamadas doenças psicossomáticas.O psiquiatra entra em cena quando há uma doença psíquica em que a medicação vai poder ajudar, como em casos de depressão, pânico, transtorno obsessivo-compulsivo. "Mas é fundamental que o paciente faça psicoterapia também, porque o resultado é melhor", diz a psiquiatra Maíra Della Monica Machado, da Faculdade de Medicina do ABC.Há diferença entre psicólogo, psicanalista e psiquiatra?Se você pretende receber acompanhamento de um profissional que trate dos "males da alma", mas está em dúvida de qual especialista procurar, confira a especialidade de cada um deles:- psicólogo: ele tem a formação acadêmica em psicologia e optou pela área clínica para trabalhar como psicoterapeuta. Pode seguir diversas linhas teóricas, como a de Jung ou a de Freud.- psicanalista: é o psicólogo ou mesmo médico que se especializou na psicanálise, ou seja, na teoria criada por Freud. É também denominado apenas de analista.- psiquiatra: é a pessoa que se formou em Medicina e, posteriormente, fez especialização em psiquiatria. É o único que pode receitar remédios para doenças mentais e psíquicas, como depressão, pânico, esquizofrenia.
ServiçoMaíra Della Monica Machado - psiquiatrawww.fmabc.brMarina Vasconcellos - psicólogamarina.vasconcellos@neolatina.netSueli Castillo - psicólogawww.sueli.psc.br
Isso mesmo. O canal de TV paga HBO, por exemplo, aposta na série Em Terapia, que apresenta um formato de programa inusitado: a cada dia da semana, o público "invade" o consultório do psicanalista Paul Weston, interpretado pelo ator Gabriel Byrne, e assistem de camarote às sessões, descobrindo as angústias e dúvidas de cada paciente.A série mostra que qualquer pessoa poderia estar naquele divã. Segunda-feira é a vez da anestesista Laura, que acaba se apaixonando por Paul; os 30 minutos da terça são destinados ao piloto Alex e os da quarta à ginasta Sophie; na quinta, o especialista recebe o casal Jake e Amy. Mas, o momento mais esperado é a sexta-feira quando Paul - isso mesmo, o próprio psicanalista - se submete aos conselhos da terapeuta Gina.Com tanta gente interessada em se descobrir e resolver seus fantasmas, talvez só reste uma grande dúvida existencial nos consultórios: será que todo mundo precisa de ajuda psicológica? Segundo a psicóloga Marina Vasconcellos, a terapia é válida para todos que pretendem se conhecer melhor. "E, claro, todas as pessoas buscam a terapia impulsionadas por alguma dificuldade, seja ela emocional, profissional ou de outra natureza", afirma.
Mas, afinal de contas, o que é terapia?O termo correto é psicoterapia e trata-se de um tratamento para doenças mentais ou psíquicas, sem o uso de medicamento, e para ajudar o paciente a resolver ou lidar melhor com seus conflitos emocionais. Esses dilemas, inclusive,podem vir a se manifestar fisicamente sob a forma de dores - são as chamadas doenças psicossomáticas.O psiquiatra entra em cena quando há uma doença psíquica em que a medicação vai poder ajudar, como em casos de depressão, pânico, transtorno obsessivo-compulsivo. "Mas é fundamental que o paciente faça psicoterapia também, porque o resultado é melhor", diz a psiquiatra Maíra Della Monica Machado, da Faculdade de Medicina do ABC.Há diferença entre psicólogo, psicanalista e psiquiatra?Se você pretende receber acompanhamento de um profissional que trate dos "males da alma", mas está em dúvida de qual especialista procurar, confira a especialidade de cada um deles:- psicólogo: ele tem a formação acadêmica em psicologia e optou pela área clínica para trabalhar como psicoterapeuta. Pode seguir diversas linhas teóricas, como a de Jung ou a de Freud.- psicanalista: é o psicólogo ou mesmo médico que se especializou na psicanálise, ou seja, na teoria criada por Freud. É também denominado apenas de analista.- psiquiatra: é a pessoa que se formou em Medicina e, posteriormente, fez especialização em psiquiatria. É o único que pode receitar remédios para doenças mentais e psíquicas, como depressão, pânico, esquizofrenia.
ServiçoMaíra Della Monica Machado - psiquiatrawww.fmabc.brMarina Vasconcellos - psicólogamarina.vasconcellos@neolatina.netSueli Castillo - psicólogawww.sueli.psc.br As dores da alma deixaram há muito tempo de ser tratadas como frescura e, hoje, incomodam tanto as pessoas quanto qualquer sintoma físico. Inúmeras pesquisas que comprovam a influência das emoções na saúde também ajudaram a popularizar a figura do terapeuta. Resultado: o perfil de quem busca ajuda psicológica mudou e a psicoterapia parece ter virado moda.No dia-a-dia, é comum ouvir um colega de trabalho ou algum familiar - que não demonstra qualquer sinal de carências, dilemas ou traumas emocionais -dizer que está atrasado para a terapia. Aliás, a "mania" dessa geração que se acostumou a culpar o estresse por todos os fracassos invadiu até a área do entretenimento.
Isso mesmo. O canal de TV paga HBO, por exemplo, aposta na série Em Terapia, que apresenta um formato de programa inusitado: a cada dia da semana, o público "invade" o consultório do psicanalista Paul Weston, interpretado pelo ator Gabriel Byrne, e assistem de camarote às sessões, descobrindo as angústias e dúvidas de cada paciente.A série mostra que qualquer pessoa poderia estar naquele divã. Segunda-feira é a vez da anestesista Laura, que acaba se apaixonando por Paul; os 30 minutos da terça são destinados ao piloto Alex e os da quarta à ginasta Sophie; na quinta, o especialista recebe o casal Jake e Amy. Mas, o momento mais esperado é a sexta-feira quando Paul - isso mesmo, o próprio psicanalista - se submete aos conselhos da terapeuta Gina.Com tanta gente interessada em se descobrir e resolver seus fantasmas, talvez só reste uma grande dúvida existencial nos consultórios: será que todo mundo precisa de ajuda psicológica? Segundo a psicóloga Marina Vasconcellos, a terapia é válida para todos que pretendem se conhecer melhor. "E, claro, todas as pessoas buscam a terapia impulsionadas por alguma dificuldade, seja ela emocional, profissional ou de outra natureza", afirma.
Mas, afinal de contas, o que é terapia?O termo correto é psicoterapia e trata-se de um tratamento para doenças mentais ou psíquicas, sem o uso de medicamento, e para ajudar o paciente a resolver ou lidar melhor com seus conflitos emocionais. Esses dilemas, inclusive,podem vir a se manifestar fisicamente sob a forma de dores - são as chamadas doenças psicossomáticas.O psiquiatra entra em cena quando há uma doença psíquica em que a medicação vai poder ajudar, como em casos de depressão, pânico, transtorno obsessivo-compulsivo. "Mas é fundamental que o paciente faça psicoterapia também, porque o resultado é melhor", diz a psiquiatra Maíra Della Monica Machado, da Faculdade de Medicina do ABC.Há diferença entre psicólogo, psicanalista e psiquiatra?Se você pretende receber acompanhamento de um profissional que trate dos "males da alma", mas está em dúvida de qual especialista procurar, confira a especialidade de cada um deles:- psicólogo: ele tem a formação acadêmica em psicologia e optou pela área clínica para trabalhar como psicoterapeuta. Pode seguir diversas linhas teóricas, como a de Jung ou a de Freud.- psicanalista: é o psicólogo ou mesmo médico que se especializou na psicanálise, ou seja, na teoria criada por Freud. É também denominado apenas de analista.- psiquiatra: é a pessoa que se formou em Medicina e, posteriormente, fez especialização em psiquiatria. É o único que pode receitar remédios para doenças mentais e psíquicas, como depressão, pânico, esquizofrenia.
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Portado pela News Eletrônica Portal Saúde
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
ESTETIVA VERSUS SAÚDE
Por Adriana Leocádio
www.portalsaude.org
Será que esses dois temas que escolhi estão de lados opostos? Peço um pouco de reflexão de todos ao responder essa pergunta.
Durante dois meses estudei esse tema em parceria com diferentes profissionais de psicologia, psiquiatria, cirurgiões plásticos, fisioterapeutas ,cabeleireiros, dentistas, oftalmologistas e empresários do segmento de beleza. E adivinhem a conclusão desse estudo: todas as categorias estão interligadas.
Engana-se aquele que pensa que uma cirurgia plástica para colocar ou tirar uma prótese de mama é por pura vaidade ou porque não dizer “futilidade”. Essa área está intrinsecamente ligada ao lado emocional de uma pessoa, assim como também como está ligado ao fator clinico que pode desencadear doenças como: depressão, fobia social, coluna vertebral entre outras.
Ter um cabelo bem cortado, pintado é só vaidade, pura falta do que fazer para muitos, contudo além do fator de higiene pessoal, isso pode terminar a felicidade de muitas pessoas. Se procurarmos compreender a área de saúde bucal, ai é que tudo fica mais complicado. Alguém já parou para pensar a fobia social que vive uma pessoa que não pode desfrutar da delicia de saborear um delicioso prato de comida junto aos seus amigos e familiares?
Quantas doenças podem ser preventivas através de sessões de repociosamento postura, massagens, acupuntura... se formos apurar os números é algo impressionante.
Eu sofro com a miopia há 30 anos e hoje uma das coisas que mais me incomoda é ter que usar óculos até para tomar banho, pois mesmo com o advento cientifico da cirurgia a laser para correção, o custo da mesma se torna inveval para maioria das pessoas e os planos de saúde querem impor um limite mínimo de graduação da doença para custear as devidas despesas, pode? No meu caso, se for menos de 7 graus é considerado “estética”.
É justamente para quebrar essas barreiras e acima de tudo esses “paradigmas” que assumi a presidência da Ong Portal Saúde. Quero justamente com a população e o apoio dos médicos, setor privado possibilitar o maior número de acesso a tratamento para todos que precisam de apoio na “estética para ter saúde”.
Contem conosco.
www.portalsaude.org
Será que esses dois temas que escolhi estão de lados opostos? Peço um pouco de reflexão de todos ao responder essa pergunta.
Durante dois meses estudei esse tema em parceria com diferentes profissionais de psicologia, psiquiatria, cirurgiões plásticos, fisioterapeutas ,cabeleireiros, dentistas, oftalmologistas e empresários do segmento de beleza. E adivinhem a conclusão desse estudo: todas as categorias estão interligadas.
Engana-se aquele que pensa que uma cirurgia plástica para colocar ou tirar uma prótese de mama é por pura vaidade ou porque não dizer “futilidade”. Essa área está intrinsecamente ligada ao lado emocional de uma pessoa, assim como também como está ligado ao fator clinico que pode desencadear doenças como: depressão, fobia social, coluna vertebral entre outras.
Ter um cabelo bem cortado, pintado é só vaidade, pura falta do que fazer para muitos, contudo além do fator de higiene pessoal, isso pode terminar a felicidade de muitas pessoas. Se procurarmos compreender a área de saúde bucal, ai é que tudo fica mais complicado. Alguém já parou para pensar a fobia social que vive uma pessoa que não pode desfrutar da delicia de saborear um delicioso prato de comida junto aos seus amigos e familiares?
Quantas doenças podem ser preventivas através de sessões de repociosamento postura, massagens, acupuntura... se formos apurar os números é algo impressionante.
Eu sofro com a miopia há 30 anos e hoje uma das coisas que mais me incomoda é ter que usar óculos até para tomar banho, pois mesmo com o advento cientifico da cirurgia a laser para correção, o custo da mesma se torna inveval para maioria das pessoas e os planos de saúde querem impor um limite mínimo de graduação da doença para custear as devidas despesas, pode? No meu caso, se for menos de 7 graus é considerado “estética”.
É justamente para quebrar essas barreiras e acima de tudo esses “paradigmas” que assumi a presidência da Ong Portal Saúde. Quero justamente com a população e o apoio dos médicos, setor privado possibilitar o maior número de acesso a tratamento para todos que precisam de apoio na “estética para ter saúde”.
Contem conosco.
sábado, 20 de setembro de 2008
MECANISMOS QUE DEFLAGRAM A ENXAQUECA
Biólogos finalmente começam a desvendar os mistérios da enxaqueca, do prenúncio à dor
por David W. Dodick e J. Jay Gargus
Para mais de 300 milhões de pessoas que sofrem de enxaqueca, a dor lancinante característica dessa cefaléia debilitante dispensa descrição. Para os que não sofrem com ela a comparação análoga mais próxima talvez seja o mal-estar severo provocado pela altitude: náusea, fotossensibilidade extrema, e uma cefaléia insuportável. “O fato de não se morrer de enxaqueca, para aquele que experimenta o auge de sua crise, soa como um bênção ambígua”, escreveu Joan Didion, em 1979, no conto In bed (Na cama), de sua coletânea The white album.Registros históricos indicam que essa doença está entre nós há pelo menos 7 mil anos e continua uma das mais incompreendidas, menos reconhecidas e mais inadequadamente tratadas condições médicas. De fato, muitos não buscam tratamento para pôr fim à sua agonia, certos de que os médicos não podem fazer muita coisa ou que se mostrarão céticos e hostis. Didion escreveu In bed há quase 3 décadas, mas alguns médicos continuam tão insensíveis hoje quanto à época, ou seja: “Se não tenho um tumor cerebral, nem cansaço ocular, nem hipertensão, então, está tudo bem comigo: eu simplesmente sofro de enxaqueca e cefaléia; e enxaqueca e cefaléia, como todos sabem, são imaginárias”.A enxaqueca, finalmente, começa a receber a atenção que merece. E parte dessa atenção é resultado de estudos epidemiológicos que revelaram o quanto essas cefaléias são incapacitantes: um relatório da Organização Mundial da Saúde descreveu a enxaqueca como uma das quatro doenças crônicas mais comprometedoras. E uma outra preocupação se deve ao reconhecimento de que essas cefaléias e suas conseqüências custam à economia americana, por exemplo, US$ 17 bilhões por ano, para cobrir faltas no trabalho e despesas médicas.Grande parte do crescente interesse é resultado das novas descobertas genéticas, do imageamento do cérebro e da biologia molecular. Embora de natureza bem distinta, essas descobertas parecem convergir e reforçam umas as outras, trazendo esperanças aos pesquisadores de poder determinar a fundo as causas da enxaqueca e desenvolver terapias avançadas para preveni-la ou conter o seu ataque.
A Ascensão de VaporesToda explicação plausível para a enxaqueca deve considerar uma ampla e variada gama de sintomas. A freqüência, duração, experiência e catalisadores dos episódios diferem enormemente. As vítimas têm, em média, um ou dois dias inteiros de crise por mês. Contudo, 10% têm crises semanais; para 20%, elas duram de 2 a 3 dias; e cerca de 14% são acometidos por mais de 15 dias ao mês.Em geral, a dor ataca apenas um lado do cérebro, mas nem sempre. As enxaquecas em pessoas predispostas podem ser desencadeadas por uma variedade de motivos que parecem não passar despercebidos – álcool, desidratação, esforço físico, menstruação, estresse emocional, mudanças climáticas, alergias, falta de sono, fome, altitude e iluminação fluorescente foram todos citados como motivadores. As enxaquecas acometem ambos os sexos e todas as faixas etárias, embora dois terços dos casos se concentrem entre mulheres na faixa dos 15 aos 55 anos.Ao longo do tempo, os médicos têm proposto muitas razões para o aparecimento dessas cefaléias. Galeno, na Grécia Antiga atribuiu o mal à ascensão de vapores ou humores – líquidos – do fígado para a cabeça. A descrição de Galeno da hemicrania – cefaléia unilateral que abrange quase metade da cabeça – é na verdade a que nos referimos como sendo a enxaqueca hoje: o termo grego “hemikrania” transformou-se em “migran” e, posteriormente,“migrânea” ou “enxaqueca”.No século 17, o fluxo sangüíneo substituiu os humores como culpado e essa hipótese vascular continuou em vigor, com raras exceções, até a década de 80. A idéia aceita, baseada nas observações e inferências de diversos médicos, incluindo Harold G. Wolff do New York-Presbyterian Hospital, era de que a dor da enxaqueca vinha da dilatação e distensão das artérias cerebrais, responsáveis pela ativação dos neurônios sinalizadores da dor. Wolff acreditava que a cefaléia era precedida por uma queda no fluxo sangüíneo provocada pela constrição desses mesmos vasos.
Os exames de imagem da atividade cerebral mudaram o entendimento das alterações vasculares. Descobriu-se que em muitos a dor é precedida não pela diminuição do fluxo sangüíneo, mas pelo seu aumento – cerca de 300% a mais. Durante a crise de cefaléia, porém, o fluxo sangüíneo não é aumentado; na verdade, a circulação é aparentemente normal ou até reduzida. E não só a compreensão específica do fluxo sangüíneo mudou como também o panorama da causa da enxaqueca. Agora, acredita-se que a enxaqueca resulte de um distúrbio do sistema nervoso – e provavelmente de sua região mais primitiva, o tronco cerebral.Essa nova abordagem surgiu principalmente da análise de dois aspectos da enxaqueca: o prenúncio, que antecede a dor em 30% dos pacientes e a própria cefaléia. O termo “prenúncio” vem sendo usado por quase 2 mil anos para descrever alucinações sensoriais que antecedem alguns surtos epiléticos; há coisa de 100 anos ele vem sendo usado para descrever o início de muitas enxaquecas. A epilepsia pode ocorrer em pessoas com enxaqueca, e vice-versa; os motivos estão sendo pesquisados. A forma mais comum de prenúncio é a ilusão visual de estrelas brilhantes, centelhas, espocares luminosos, raios ou padrões geométricos, sempre seguidos por pontos escuros no mesmo formato que as imagens brilhantes originais. Para alguns, o prenúncio inclui sensação de formigamento ou fraqueza, ou ambas, em um lado do corpo; ou ainda o comprometimento da fala. Em geral, o prenúncio precede a cefaléia, mas ele pode iniciar depois de a dor começar, e persistir. O prenúncio parece derivar de uma depressão cortical – um tipo de “brainstorm” antecipado como a causa da enxaqueca, nos registros de século 19, do médico Edward Lieving. E embora o biólogo brasileiro Aristides Leão (1914-1993) tenha relatado o fenômeno pela primeira vez em animais, em 1944, só há pouco ele foi relacionado em testes, à enxaqueca.Em termos mais técnicos, a depressão alastrante cortical é uma onda de intensa atividade nervosa celular que se espalha por um amplo segmento do córtex – a camada externa do cérebro –, em especial na região que controla a visão. Essa fase de hiperexcitamento é seguida por uma onda de inibição neuronal disseminada e relativamente prolongada. Durante a fase inibidora, os neurônios ficam em estado de “suspensão animada”, em que não podem ser excitados. A atividade neuronal é controlada por um fluxo de íons de sódio, potássio e cálcio cuidadosamente sincronizados, ao longo da membrana das células nervosas através de canais e bombas. As bombas mantêm as células em repouso com altos níveis de potássio e pobres em sódio e cálcio. Um neurônio “dispara”, liberando neurotransmissores, quando o fluxo retornável de sódio e cálcio através dos canais abertos despolariza a membrana – isto é, quando o interior da célula se torna positivo com relação ao exterior.
Geralmente, as células se hiperpolarizam rapidamente: elas se tornam altamente negativas no interior em relação ao exterior permitindo a liberação do potássio. A hiperpolarização fecha os canais de sódio e de cálcio e retorna os neurônios a seu estado de repouso, logo após disparar. Mas os neurônios podem permanecer excessivamente hiperpolarizados, ou inibidos, por um longo tempo após intensa estimulação.As fases de hiperexcitabilidade seguidas pela inibição que caracterizam a depressão cortical podem justificar as alterações no fluxo sangüíneo registradas antes que a dor da enxaqueca tivesse se iniciado. Quando os neurônios estão ativos e disparando, despendem muita energia e, portanto, sangue – exatamente o que se encontra em escaneamentos cerebrais de pacientes experimentando o prenúncio. Mas, a seguir, durante a inibição, os neurônios silenciosos precisam de sangue. Várias outras observações reforçam a idéia de que a depressão cortical embasa o prenúncio. Quando registrado por técnicas de imagem avançadas, o momento da despolarização coincide perfeitamente com as descrições do prenúncio.As ondas elétricas viajam através do córtex a uma velocidade de dois a três milímetros por minuto, e as ilusões visuais que acompanham o prenúncio são exatamente as que surgiram da ativação que se espalhou pelos campos corticais àquela velocidade. O conjunto de sensações que o prenúncio pode englobar – efeitos visuais, sensoriais e motores – sugere que as áreas correspondentes do córtex são afetadas na seqüência, conforme a “tempestade” as cruza. Os pontos escuros que os pacientes experimentam depois das alucinações brilhantes são consistentes com a inibição neuronal nas regiões do córtex visual que acabara de experimentar a hiperexcitabilidade.Pesquisas genéticas começam a explicar por que a depressão alastrante cortical ocorre em alguns pacientes. Quase toda enxaqueca é considerada um distúrbio poligenético complexo comum – na mesma categoria do diabetes, do câncer, do autismo, da hipertensão e outros. E essas doenças são hereditárias. Gêmeos idênticos são mais inclinados a compartilhar da enxaqueca que gêmeos fraternos, sugerindo forte componente genético. Mas a doença obviamente não é provocada por uma única mutação genética simples; e sim, um indivíduo parece se tornar suscetível ao herdar mutações em diversos genes, cada uma provavelmente contribuindo um pouco. Também há implicação de componentes não genéticos, pois mesmo gêmeos idênticos são “discordantes” quanto ao distúrbio: às vezes, um dos gêmeos sofre de enxaqueca, e o outro não.
Pesquisadores não sabem precisar que genes aumentam a suscetibilidade à enxaqueca e seu prenúncio entre a população em geral, mas estudos com pessoas acometidas com uma forma rara da doença, chamada enxaqueca hemiplégica familiar, sugerem que falhas em bombas e canais iônicos neuronais provocam o prenúncio e a dor nesses pacientes. Três genes carregam mutações que são individualmente potentes o bastante para provocar a doença – e todos os três codificam bombas e canais iônicos neuronais. Além disso, os genes são alterados por mutações que aumentam a excitabilidade das células nervosas, supostamente alterando as propriedades de bombas e canais iônicos codificados. Essas descobertas reforçam a idéia de que a enxaqueca poderia ser uma canalopatia, um novo tipo de doença reconhecido recentemente, decorrente de distúrbios nos sistemas de transporte de íons – uma causa conhecida de doenças como a arritmia cardíaca e convulsões.Não está claro se o mau funcionamento das bombas e canais iônicos são os únicos meios pelos quais se pode produzir o prenúncio. Assim como não se sabe se as formas comuns de enxaqueca envolvem perturbações nos três genes implicados na enxaqueca hemiplégica familiar. Ainda assim, a abordagem genética é muito estimulante pois indica uma relação entre a depressão alastrante cortical e problemas com o canal iônico, que pode ser fundamental para o desenvolvimento de novos medicamentos.
por David W. Dodick e J. Jay Gargus
Para mais de 300 milhões de pessoas que sofrem de enxaqueca, a dor lancinante característica dessa cefaléia debilitante dispensa descrição. Para os que não sofrem com ela a comparação análoga mais próxima talvez seja o mal-estar severo provocado pela altitude: náusea, fotossensibilidade extrema, e uma cefaléia insuportável. “O fato de não se morrer de enxaqueca, para aquele que experimenta o auge de sua crise, soa como um bênção ambígua”, escreveu Joan Didion, em 1979, no conto In bed (Na cama), de sua coletânea The white album.Registros históricos indicam que essa doença está entre nós há pelo menos 7 mil anos e continua uma das mais incompreendidas, menos reconhecidas e mais inadequadamente tratadas condições médicas. De fato, muitos não buscam tratamento para pôr fim à sua agonia, certos de que os médicos não podem fazer muita coisa ou que se mostrarão céticos e hostis. Didion escreveu In bed há quase 3 décadas, mas alguns médicos continuam tão insensíveis hoje quanto à época, ou seja: “Se não tenho um tumor cerebral, nem cansaço ocular, nem hipertensão, então, está tudo bem comigo: eu simplesmente sofro de enxaqueca e cefaléia; e enxaqueca e cefaléia, como todos sabem, são imaginárias”.A enxaqueca, finalmente, começa a receber a atenção que merece. E parte dessa atenção é resultado de estudos epidemiológicos que revelaram o quanto essas cefaléias são incapacitantes: um relatório da Organização Mundial da Saúde descreveu a enxaqueca como uma das quatro doenças crônicas mais comprometedoras. E uma outra preocupação se deve ao reconhecimento de que essas cefaléias e suas conseqüências custam à economia americana, por exemplo, US$ 17 bilhões por ano, para cobrir faltas no trabalho e despesas médicas.Grande parte do crescente interesse é resultado das novas descobertas genéticas, do imageamento do cérebro e da biologia molecular. Embora de natureza bem distinta, essas descobertas parecem convergir e reforçam umas as outras, trazendo esperanças aos pesquisadores de poder determinar a fundo as causas da enxaqueca e desenvolver terapias avançadas para preveni-la ou conter o seu ataque.
A Ascensão de VaporesToda explicação plausível para a enxaqueca deve considerar uma ampla e variada gama de sintomas. A freqüência, duração, experiência e catalisadores dos episódios diferem enormemente. As vítimas têm, em média, um ou dois dias inteiros de crise por mês. Contudo, 10% têm crises semanais; para 20%, elas duram de 2 a 3 dias; e cerca de 14% são acometidos por mais de 15 dias ao mês.Em geral, a dor ataca apenas um lado do cérebro, mas nem sempre. As enxaquecas em pessoas predispostas podem ser desencadeadas por uma variedade de motivos que parecem não passar despercebidos – álcool, desidratação, esforço físico, menstruação, estresse emocional, mudanças climáticas, alergias, falta de sono, fome, altitude e iluminação fluorescente foram todos citados como motivadores. As enxaquecas acometem ambos os sexos e todas as faixas etárias, embora dois terços dos casos se concentrem entre mulheres na faixa dos 15 aos 55 anos.Ao longo do tempo, os médicos têm proposto muitas razões para o aparecimento dessas cefaléias. Galeno, na Grécia Antiga atribuiu o mal à ascensão de vapores ou humores – líquidos – do fígado para a cabeça. A descrição de Galeno da hemicrania – cefaléia unilateral que abrange quase metade da cabeça – é na verdade a que nos referimos como sendo a enxaqueca hoje: o termo grego “hemikrania” transformou-se em “migran” e, posteriormente,“migrânea” ou “enxaqueca”.No século 17, o fluxo sangüíneo substituiu os humores como culpado e essa hipótese vascular continuou em vigor, com raras exceções, até a década de 80. A idéia aceita, baseada nas observações e inferências de diversos médicos, incluindo Harold G. Wolff do New York-Presbyterian Hospital, era de que a dor da enxaqueca vinha da dilatação e distensão das artérias cerebrais, responsáveis pela ativação dos neurônios sinalizadores da dor. Wolff acreditava que a cefaléia era precedida por uma queda no fluxo sangüíneo provocada pela constrição desses mesmos vasos.
Os exames de imagem da atividade cerebral mudaram o entendimento das alterações vasculares. Descobriu-se que em muitos a dor é precedida não pela diminuição do fluxo sangüíneo, mas pelo seu aumento – cerca de 300% a mais. Durante a crise de cefaléia, porém, o fluxo sangüíneo não é aumentado; na verdade, a circulação é aparentemente normal ou até reduzida. E não só a compreensão específica do fluxo sangüíneo mudou como também o panorama da causa da enxaqueca. Agora, acredita-se que a enxaqueca resulte de um distúrbio do sistema nervoso – e provavelmente de sua região mais primitiva, o tronco cerebral.Essa nova abordagem surgiu principalmente da análise de dois aspectos da enxaqueca: o prenúncio, que antecede a dor em 30% dos pacientes e a própria cefaléia. O termo “prenúncio” vem sendo usado por quase 2 mil anos para descrever alucinações sensoriais que antecedem alguns surtos epiléticos; há coisa de 100 anos ele vem sendo usado para descrever o início de muitas enxaquecas. A epilepsia pode ocorrer em pessoas com enxaqueca, e vice-versa; os motivos estão sendo pesquisados. A forma mais comum de prenúncio é a ilusão visual de estrelas brilhantes, centelhas, espocares luminosos, raios ou padrões geométricos, sempre seguidos por pontos escuros no mesmo formato que as imagens brilhantes originais. Para alguns, o prenúncio inclui sensação de formigamento ou fraqueza, ou ambas, em um lado do corpo; ou ainda o comprometimento da fala. Em geral, o prenúncio precede a cefaléia, mas ele pode iniciar depois de a dor começar, e persistir. O prenúncio parece derivar de uma depressão cortical – um tipo de “brainstorm” antecipado como a causa da enxaqueca, nos registros de século 19, do médico Edward Lieving. E embora o biólogo brasileiro Aristides Leão (1914-1993) tenha relatado o fenômeno pela primeira vez em animais, em 1944, só há pouco ele foi relacionado em testes, à enxaqueca.Em termos mais técnicos, a depressão alastrante cortical é uma onda de intensa atividade nervosa celular que se espalha por um amplo segmento do córtex – a camada externa do cérebro –, em especial na região que controla a visão. Essa fase de hiperexcitamento é seguida por uma onda de inibição neuronal disseminada e relativamente prolongada. Durante a fase inibidora, os neurônios ficam em estado de “suspensão animada”, em que não podem ser excitados. A atividade neuronal é controlada por um fluxo de íons de sódio, potássio e cálcio cuidadosamente sincronizados, ao longo da membrana das células nervosas através de canais e bombas. As bombas mantêm as células em repouso com altos níveis de potássio e pobres em sódio e cálcio. Um neurônio “dispara”, liberando neurotransmissores, quando o fluxo retornável de sódio e cálcio através dos canais abertos despolariza a membrana – isto é, quando o interior da célula se torna positivo com relação ao exterior.
Geralmente, as células se hiperpolarizam rapidamente: elas se tornam altamente negativas no interior em relação ao exterior permitindo a liberação do potássio. A hiperpolarização fecha os canais de sódio e de cálcio e retorna os neurônios a seu estado de repouso, logo após disparar. Mas os neurônios podem permanecer excessivamente hiperpolarizados, ou inibidos, por um longo tempo após intensa estimulação.As fases de hiperexcitabilidade seguidas pela inibição que caracterizam a depressão cortical podem justificar as alterações no fluxo sangüíneo registradas antes que a dor da enxaqueca tivesse se iniciado. Quando os neurônios estão ativos e disparando, despendem muita energia e, portanto, sangue – exatamente o que se encontra em escaneamentos cerebrais de pacientes experimentando o prenúncio. Mas, a seguir, durante a inibição, os neurônios silenciosos precisam de sangue. Várias outras observações reforçam a idéia de que a depressão cortical embasa o prenúncio. Quando registrado por técnicas de imagem avançadas, o momento da despolarização coincide perfeitamente com as descrições do prenúncio.As ondas elétricas viajam através do córtex a uma velocidade de dois a três milímetros por minuto, e as ilusões visuais que acompanham o prenúncio são exatamente as que surgiram da ativação que se espalhou pelos campos corticais àquela velocidade. O conjunto de sensações que o prenúncio pode englobar – efeitos visuais, sensoriais e motores – sugere que as áreas correspondentes do córtex são afetadas na seqüência, conforme a “tempestade” as cruza. Os pontos escuros que os pacientes experimentam depois das alucinações brilhantes são consistentes com a inibição neuronal nas regiões do córtex visual que acabara de experimentar a hiperexcitabilidade.Pesquisas genéticas começam a explicar por que a depressão alastrante cortical ocorre em alguns pacientes. Quase toda enxaqueca é considerada um distúrbio poligenético complexo comum – na mesma categoria do diabetes, do câncer, do autismo, da hipertensão e outros. E essas doenças são hereditárias. Gêmeos idênticos são mais inclinados a compartilhar da enxaqueca que gêmeos fraternos, sugerindo forte componente genético. Mas a doença obviamente não é provocada por uma única mutação genética simples; e sim, um indivíduo parece se tornar suscetível ao herdar mutações em diversos genes, cada uma provavelmente contribuindo um pouco. Também há implicação de componentes não genéticos, pois mesmo gêmeos idênticos são “discordantes” quanto ao distúrbio: às vezes, um dos gêmeos sofre de enxaqueca, e o outro não.
Pesquisadores não sabem precisar que genes aumentam a suscetibilidade à enxaqueca e seu prenúncio entre a população em geral, mas estudos com pessoas acometidas com uma forma rara da doença, chamada enxaqueca hemiplégica familiar, sugerem que falhas em bombas e canais iônicos neuronais provocam o prenúncio e a dor nesses pacientes. Três genes carregam mutações que são individualmente potentes o bastante para provocar a doença – e todos os três codificam bombas e canais iônicos neuronais. Além disso, os genes são alterados por mutações que aumentam a excitabilidade das células nervosas, supostamente alterando as propriedades de bombas e canais iônicos codificados. Essas descobertas reforçam a idéia de que a enxaqueca poderia ser uma canalopatia, um novo tipo de doença reconhecido recentemente, decorrente de distúrbios nos sistemas de transporte de íons – uma causa conhecida de doenças como a arritmia cardíaca e convulsões.Não está claro se o mau funcionamento das bombas e canais iônicos são os únicos meios pelos quais se pode produzir o prenúncio. Assim como não se sabe se as formas comuns de enxaqueca envolvem perturbações nos três genes implicados na enxaqueca hemiplégica familiar. Ainda assim, a abordagem genética é muito estimulante pois indica uma relação entre a depressão alastrante cortical e problemas com o canal iônico, que pode ser fundamental para o desenvolvimento de novos medicamentos.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
COMPRA FEITA COM DETERMINAÇÃO
Por Adriana Leocádio
www.portalsaude.org
Por incrível que pareça, o consumidor atualmente sai para as compras com plena determinação do que comprar e de quanto gastar. E isso envolve todas as categorias de produto, até mesmo roupas.
Realmente estou convencida de que o varejista que parar no tempo terá provavelmente seu estabelecimento seu negócio fadado a ficar no passado. O consumidor com o adendo das novas mídias como: Internet, catálogos virtuais, parcerias com sites, revistas próprias, catálogos de moda... vem tornando-se cada vez mais determinado e consciente do que precisa realmente comprar, ou seja, a compra por impulso está com os dias contados.
O varejista que apostar na impulsão do cliente e continuar investindo em atendimento nos moldes “vampiro”, ou seja, vender de qualquer forma corre o sério risco de não ver mais a cara do cliente em sua loja.
Hoje até o cliente que sai as compras, mesmo na categoria vestuário, já sai com uma pré-determinação do que deseja e de quando dispõe do seu orçamento. Seja esse cliente homem ou mulher. A pesquisa voltou com tudo e dessa vez com algumas peculiaridades: qualidade do item que vai adquirir garantia, troca, facilidade de pagamento, atendimento, pós-venda... ou seja, não é só mais o preço que determina a pesquisa.
Meu conselho para o varejista é: procurem adequação rápida aos novos tempos que já estamos vivendo, procure orientação especifica com quem conhece a área, não queiram ser os detentores absolutos do conhecimento do ramo que atuam. Lembrem sempre de que, quem está de fora vê muito mais do que quem está dentro. A miopia é a doença que pode matar seu estabelecimento.
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Por incrível que pareça, o consumidor atualmente sai para as compras com plena determinação do que comprar e de quanto gastar. E isso envolve todas as categorias de produto, até mesmo roupas.
Realmente estou convencida de que o varejista que parar no tempo terá provavelmente seu estabelecimento seu negócio fadado a ficar no passado. O consumidor com o adendo das novas mídias como: Internet, catálogos virtuais, parcerias com sites, revistas próprias, catálogos de moda... vem tornando-se cada vez mais determinado e consciente do que precisa realmente comprar, ou seja, a compra por impulso está com os dias contados.
O varejista que apostar na impulsão do cliente e continuar investindo em atendimento nos moldes “vampiro”, ou seja, vender de qualquer forma corre o sério risco de não ver mais a cara do cliente em sua loja.
Hoje até o cliente que sai as compras, mesmo na categoria vestuário, já sai com uma pré-determinação do que deseja e de quando dispõe do seu orçamento. Seja esse cliente homem ou mulher. A pesquisa voltou com tudo e dessa vez com algumas peculiaridades: qualidade do item que vai adquirir garantia, troca, facilidade de pagamento, atendimento, pós-venda... ou seja, não é só mais o preço que determina a pesquisa.
Meu conselho para o varejista é: procurem adequação rápida aos novos tempos que já estamos vivendo, procure orientação especifica com quem conhece a área, não queiram ser os detentores absolutos do conhecimento do ramo que atuam. Lembrem sempre de que, quem está de fora vê muito mais do que quem está dentro. A miopia é a doença que pode matar seu estabelecimento.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
PREVENÇÃO DE SAÚDE: VIDA SAUDÁVEL
A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 196 determina que’ A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” Mas será que essa lei está sendo cumprida à risca pelos governantes? Um dos projetos sociais de saúde bastante difundido junto à população é o Sistema Único de Saúde (SUS). Com uma abrangência nacional, o SUS possui como princípios constitucionais a universalidade, equidade e integralidade, mas atende principalmente a população de baixa renda, com Equipes de Saúde da Família (ESF) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Por outro lado, há alternativas para os setores da sociedade que têm condições financeiras de pagar planos privados de assistência médica junto às operadoras. Nesse caso, o mercado de saúde suplementar está constituído por cinco modalidades de operadoras: autogestão, cooperativa médica, medicina de grupo, filantrópico e de seguradoras. Apesar da consolidação do SUS como um projeto de saúde nacional, hoje em dia, a consciência geral é de que ainda faltam mais ações, políticas e campanhas institucionais sobre promoção e prevenção de saúde. À exceção é o Programa Nacional de DST e AIDS (PN-DST/AIDS). Criado por meio da portaria número 236 em dois de maio de 1985, durante a gestão do então presidente José Sarney, ele é considerado uma referência mundial no tema. Como uma medida preventiva, o governo recentemente realizou uma campanha nacional de vacinação contra o sarampo e a rubéola em que a população foi chamada para participar, mas a ação ainda é considerada insuficiente sobre o tema.
No âmbito mundial, desde a descoberta da vacinação pelo médico inglês Edward Jenner no final do século XVIII, a prevenção de saúde tem obtido uma importância cada vez maior ao longo dos tempos. Um dado divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) trouxe um alerta sobre o tema. De acordo com a entidade, as doenças crônicas de declaração não obrigatória, como as doenças cardiovasculares, a diabetes, a obesidade, o cancro e as doenças respiratórias são a principal causa de morte no mundo, pois elas representam cerca de 59% do total de 57 milhões de mortes por ano e 46% do total de doenças no planeta. A prevenção dessas enfermidades está diretamente ligada ao estilo de vida e à alimentação que o cidadão tem no seu dia-a-dia. O sedentarismo, por exemplo, é o causador de um milhão e 900 mil mortes no mundo, já que o risco de se ter uma doença cardiovascular aumenta 1,5 vezes nos indivíduos que não praticam atividade física regularmente. Por outro lado, os benefícios para as pessoas que se exercitam rotineiramente estão na redução do risco de ter problemas cardiovasculares, na redução de sintomas de depressão, de sofrer morte prematura,de sofrer de obesidade, além de ajudar a prevenir a hipertensão que afeta 1/5 da população mundial. Em relação à alimentação, sabe-se que a maioria das doenças cardiovasculares é atribuída a colesterol elevado, tensão arterial elevada e dieta pobre em verduras e vegetais. Com isso, a prática regular de atividade física combinada com uma alimentação saudável baseada em verduras e nutrientes torna-se uma ótima alternativa no combate à obesidade e na prevenção de doenças crônicas. Além disso, a consciência de realizar visitas ao médico rotineiramente e não somente de forma reativa em relação ao problema de saúde sofrido é uma prática bastante válida como medida preventiva. A corretora de imóveis Keila Almeida, por exemplo, teve câncer de bexiga aos dois anos de idade, além de mais de vinte intervenções cirúrgicas como seqüelas da operação. Devido ao problema sofrido, ela está mais precavida em relação a sua saúde. Hoje, faz exames ginecológicos a cada seis meses e consulta um clínico a cada dois.
Questionado se o brasileiro faz tratamentos e exames preventivos, o médico, psiquiatra e psicoterapeuta familiar, Marcos Naime Pontes, afirma que a maioria dos pacientes o procura de forma reativa em relação a algum problema psicológico, já que a participação de um terapeuta pode ser muito benéfica na diminuição das tensões e na busca da harmonia entre um grupo de pessoas como uma família ou casal. Por sua vez a psicóloga Simone Costa destaca que o diálogo em família desde a adolescência até a fase adulta é fundamental na prevenção de saúde. Ela ressalta que a mídia e as escolas têm grande responsabilidade na divulgação de informações relativas ao tema. “Na minha opinião, além do bom diálogo entre pais e filhos, as escolas tinham que incluir na grade curricular uma matéria onde psicólogos fossem dar aulas sobre saúde preventiva”, afirma. Já para a advogada Cristina Carretero, o brasileiro não faz exames e tratamentos preventivos de saúde como deveria. O motivo é o alto custo, uma vez que apenas as pessoas de média e alta renda têm condições financeiras de fazer um check-up, por exemplo.
Por outro lado, o dentista e secretário-geral da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Newton Miranda de Carvalho, afirma que já existe uma boa consciência entre a população sobre a importância da prevenção de saúde bucal e que é preciso fazer consultas ao dentista a cada seis meses. Entretanto, ele cobra maior comprometimento do governo com ações institucionais sobre o assunto. “É preciso que haja um maior investimento do governo para que cresçam os atendimentos que privilegiem a prevenção como cultura e como política de Estado”. Carvalho destacou a importância das ONGs nesse processo. “Elas são absolutamente bem focadas e sua ação é pontual, cirúrgica, sem dispersão de esforços e valores, devendo, contudo, serem mantidas sob observação do Estado para evitar desvios e oportunismo”. O dentista afirmou ainda que a ABO está engajada no tema. “Nós centralizamos e coordenamos ações de saúde e de prevenção por todo o País por iniciativa própria ou em parcerias com órgãos estatais e com outras instituições. Além disso, divulgamos o tema para nosso público e para a opinião pública”.
Por Gustavo Caiuby- Mtb: 45020/SP
E-mail: caiubygustavo@yahoo.com.br
No âmbito mundial, desde a descoberta da vacinação pelo médico inglês Edward Jenner no final do século XVIII, a prevenção de saúde tem obtido uma importância cada vez maior ao longo dos tempos. Um dado divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) trouxe um alerta sobre o tema. De acordo com a entidade, as doenças crônicas de declaração não obrigatória, como as doenças cardiovasculares, a diabetes, a obesidade, o cancro e as doenças respiratórias são a principal causa de morte no mundo, pois elas representam cerca de 59% do total de 57 milhões de mortes por ano e 46% do total de doenças no planeta. A prevenção dessas enfermidades está diretamente ligada ao estilo de vida e à alimentação que o cidadão tem no seu dia-a-dia. O sedentarismo, por exemplo, é o causador de um milhão e 900 mil mortes no mundo, já que o risco de se ter uma doença cardiovascular aumenta 1,5 vezes nos indivíduos que não praticam atividade física regularmente. Por outro lado, os benefícios para as pessoas que se exercitam rotineiramente estão na redução do risco de ter problemas cardiovasculares, na redução de sintomas de depressão, de sofrer morte prematura,de sofrer de obesidade, além de ajudar a prevenir a hipertensão que afeta 1/5 da população mundial. Em relação à alimentação, sabe-se que a maioria das doenças cardiovasculares é atribuída a colesterol elevado, tensão arterial elevada e dieta pobre em verduras e vegetais. Com isso, a prática regular de atividade física combinada com uma alimentação saudável baseada em verduras e nutrientes torna-se uma ótima alternativa no combate à obesidade e na prevenção de doenças crônicas. Além disso, a consciência de realizar visitas ao médico rotineiramente e não somente de forma reativa em relação ao problema de saúde sofrido é uma prática bastante válida como medida preventiva. A corretora de imóveis Keila Almeida, por exemplo, teve câncer de bexiga aos dois anos de idade, além de mais de vinte intervenções cirúrgicas como seqüelas da operação. Devido ao problema sofrido, ela está mais precavida em relação a sua saúde. Hoje, faz exames ginecológicos a cada seis meses e consulta um clínico a cada dois.
Questionado se o brasileiro faz tratamentos e exames preventivos, o médico, psiquiatra e psicoterapeuta familiar, Marcos Naime Pontes, afirma que a maioria dos pacientes o procura de forma reativa em relação a algum problema psicológico, já que a participação de um terapeuta pode ser muito benéfica na diminuição das tensões e na busca da harmonia entre um grupo de pessoas como uma família ou casal. Por sua vez a psicóloga Simone Costa destaca que o diálogo em família desde a adolescência até a fase adulta é fundamental na prevenção de saúde. Ela ressalta que a mídia e as escolas têm grande responsabilidade na divulgação de informações relativas ao tema. “Na minha opinião, além do bom diálogo entre pais e filhos, as escolas tinham que incluir na grade curricular uma matéria onde psicólogos fossem dar aulas sobre saúde preventiva”, afirma. Já para a advogada Cristina Carretero, o brasileiro não faz exames e tratamentos preventivos de saúde como deveria. O motivo é o alto custo, uma vez que apenas as pessoas de média e alta renda têm condições financeiras de fazer um check-up, por exemplo.
Por outro lado, o dentista e secretário-geral da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Newton Miranda de Carvalho, afirma que já existe uma boa consciência entre a população sobre a importância da prevenção de saúde bucal e que é preciso fazer consultas ao dentista a cada seis meses. Entretanto, ele cobra maior comprometimento do governo com ações institucionais sobre o assunto. “É preciso que haja um maior investimento do governo para que cresçam os atendimentos que privilegiem a prevenção como cultura e como política de Estado”. Carvalho destacou a importância das ONGs nesse processo. “Elas são absolutamente bem focadas e sua ação é pontual, cirúrgica, sem dispersão de esforços e valores, devendo, contudo, serem mantidas sob observação do Estado para evitar desvios e oportunismo”. O dentista afirmou ainda que a ABO está engajada no tema. “Nós centralizamos e coordenamos ações de saúde e de prevenção por todo o País por iniciativa própria ou em parcerias com órgãos estatais e com outras instituições. Além disso, divulgamos o tema para nosso público e para a opinião pública”.
Por Gustavo Caiuby- Mtb: 45020/SP
E-mail: caiubygustavo@yahoo.com.br
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Lipoaspiração: Mitos e Verdades
Por Dr. Fernando Pontes Andrade
A lipoaspiração é a técnica empregada para e retirada de gordura localizada de uma parte do corpo (abdome, coxas, braços, pescoço). A gordura poderá ser reinserida em outras áreas do organismo (nádegas, sulcos, depressões). Quando isso acontece a cirurgia recebe o nome de lipoescultura ou lipoplastia.A lipoaspiração foi inventada por um franco-argelino, Yves-Gerárd Illouz em junho de 1977. Devido ao descrédito inicial, somente virou rotina dez anos depois, quando o método foi aperfeiçoado. Hoje é uma das cirurgias plásticas mais realizadas no mundo e a mais realizada no Brasil. Entretanto, a popularização e banalização da lipoaspiração não trouxeram somente benefícios. O procedimento realizado indiscriminadamente, muitas vezes por médicos não cirurgiões plásticos e em consultórios, seqüelou, matou e ainda mata muitas pessoas. A lipoaspiração é uma cirurgia, na maioria das vezes de grande porte, merecendo todos os cuidados dispensados a qualquer cirurgia. Então lugar de fazer lipo é no centro cirúrgico (de hospital ou clínica especializada), com anestesista e cirurgião plástico, conforme resolução nº 1.711/03 do Conselho Federal de Medicina. O único motivo para não atender a esse princípio básico é a redução de custos em detrimento da segurança. Isso é inadmissível! Muitas pacientes argumentam que viram em matérias da TV ou em revistas que celebridades fizeram uma “mini-lipo” e que ficaram ótimas. Isso é um mito. Eu argumento que: as matérias foram compradas, as celebridades foram pagas e que “mini-lipo” simplesmente não existe; é apenas um termo criado para vender a idéia de que o procedimento é simples, rápido, indolor e milagroso. Por exemplo: a Sheila Carvalho, na época, foi selecionada entre 2000 candidatas! Então ela já tinha o corpo “ótimo”. Dessa forma, qualquer procedimento que se realizasse nela ficaria bom! Não se deixem iludir por esse tipo de propaganda.
Outro mito é o de que anestesia local é mais segura que a peridural (anestesia da gestante “nas costas”). A verdade é que se a área corporal, ou volume, a ser lipoaspirado for grande, a quantidade de anestésico local ultrapassará em muito a quantidade de anestésico que o anestesista utilizará na peridural. O excesso de anestésico é tóxico podendo levar a parada cardíaca. Mesmo dando tudo certo o desconforto para a paciente será grande. Uma verdade é que a anestesia geral é mais segura que a peridural, mas uma vez cessada a anestesia geral a paciente sente mais dor que na peridural.
Hidrolipo, vibrolipo e etc., são apenas variantes técnicas para o procedimento de lipoaspiração. Não existe nenhum estudo clínico sério que prove que uma técnica é superior a outra. O dia que houver essa técnica passará a ser o padrão.
Um mito bastante comum é de que a lipoaspiração é para emagrecer. O que emagrece é regime. Lipoaspiração é uma técnica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para fins de melhorar o contorno corporal retirando-se apenas gordura localizada. O CFM definiu os limites seguros para a retirada de gordura em 7% do peso ou 40% de superfície corporal. Por exemplo: em uma paciente de 60 kg pode-se retirar o volume teórico máximo de 4,2 litros de gordura.
Em relação ao pós-operatório: a paciente recebe alta no dia seguinte à cirurgia; usa uma cinta cirúrgica por 30 dias; drenagem linfática com sete dias; retorno às atividades em duas ou três semanas. O Dr. Toledo, no seu livro Lipoplastia, recomenda caminhadas de 2 a 3 Km no terceiro dia.
A complicação mais temida da lipoaspiração é o tromboembolismo pulmonar (coágulo nas veias do pulmão) que pode levar a morte, isso não é um mito! Outra complicação importante é a infecção. Esta poderá ser por bactérias comuns ou por micobactérias, como no caso da epidemia no Espírito Santo. Aqui no Distrito Federal não existe nenhum caso descrito com a lipoaspiração.
Dr. Fernando Pontes Andrade, cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
A lipoaspiração é a técnica empregada para e retirada de gordura localizada de uma parte do corpo (abdome, coxas, braços, pescoço). A gordura poderá ser reinserida em outras áreas do organismo (nádegas, sulcos, depressões). Quando isso acontece a cirurgia recebe o nome de lipoescultura ou lipoplastia.A lipoaspiração foi inventada por um franco-argelino, Yves-Gerárd Illouz em junho de 1977. Devido ao descrédito inicial, somente virou rotina dez anos depois, quando o método foi aperfeiçoado. Hoje é uma das cirurgias plásticas mais realizadas no mundo e a mais realizada no Brasil. Entretanto, a popularização e banalização da lipoaspiração não trouxeram somente benefícios. O procedimento realizado indiscriminadamente, muitas vezes por médicos não cirurgiões plásticos e em consultórios, seqüelou, matou e ainda mata muitas pessoas. A lipoaspiração é uma cirurgia, na maioria das vezes de grande porte, merecendo todos os cuidados dispensados a qualquer cirurgia. Então lugar de fazer lipo é no centro cirúrgico (de hospital ou clínica especializada), com anestesista e cirurgião plástico, conforme resolução nº 1.711/03 do Conselho Federal de Medicina. O único motivo para não atender a esse princípio básico é a redução de custos em detrimento da segurança. Isso é inadmissível! Muitas pacientes argumentam que viram em matérias da TV ou em revistas que celebridades fizeram uma “mini-lipo” e que ficaram ótimas. Isso é um mito. Eu argumento que: as matérias foram compradas, as celebridades foram pagas e que “mini-lipo” simplesmente não existe; é apenas um termo criado para vender a idéia de que o procedimento é simples, rápido, indolor e milagroso. Por exemplo: a Sheila Carvalho, na época, foi selecionada entre 2000 candidatas! Então ela já tinha o corpo “ótimo”. Dessa forma, qualquer procedimento que se realizasse nela ficaria bom! Não se deixem iludir por esse tipo de propaganda.
Outro mito é o de que anestesia local é mais segura que a peridural (anestesia da gestante “nas costas”). A verdade é que se a área corporal, ou volume, a ser lipoaspirado for grande, a quantidade de anestésico local ultrapassará em muito a quantidade de anestésico que o anestesista utilizará na peridural. O excesso de anestésico é tóxico podendo levar a parada cardíaca. Mesmo dando tudo certo o desconforto para a paciente será grande. Uma verdade é que a anestesia geral é mais segura que a peridural, mas uma vez cessada a anestesia geral a paciente sente mais dor que na peridural.
Hidrolipo, vibrolipo e etc., são apenas variantes técnicas para o procedimento de lipoaspiração. Não existe nenhum estudo clínico sério que prove que uma técnica é superior a outra. O dia que houver essa técnica passará a ser o padrão.
Um mito bastante comum é de que a lipoaspiração é para emagrecer. O que emagrece é regime. Lipoaspiração é uma técnica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para fins de melhorar o contorno corporal retirando-se apenas gordura localizada. O CFM definiu os limites seguros para a retirada de gordura em 7% do peso ou 40% de superfície corporal. Por exemplo: em uma paciente de 60 kg pode-se retirar o volume teórico máximo de 4,2 litros de gordura.
Em relação ao pós-operatório: a paciente recebe alta no dia seguinte à cirurgia; usa uma cinta cirúrgica por 30 dias; drenagem linfática com sete dias; retorno às atividades em duas ou três semanas. O Dr. Toledo, no seu livro Lipoplastia, recomenda caminhadas de 2 a 3 Km no terceiro dia.
A complicação mais temida da lipoaspiração é o tromboembolismo pulmonar (coágulo nas veias do pulmão) que pode levar a morte, isso não é um mito! Outra complicação importante é a infecção. Esta poderá ser por bactérias comuns ou por micobactérias, como no caso da epidemia no Espírito Santo. Aqui no Distrito Federal não existe nenhum caso descrito com a lipoaspiração.
Dr. Fernando Pontes Andrade, cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
QUEM AUTORIZOU VOCÊ A FICAR DOENTE?
Por Adriana Leocádio
www.portalsaude.org
Cada vez que preciso utilizar o sistema de saúde, seja publico ou privado, tenho a nítida sensação que alguém está me perguntando: eu disse que você tem direito a ficar doente? Deve ser pura mania de perseguição minha, obvio. Uma dessas coincidências que acontecem na vida ou como disse os psiquiatras, algo meio "esquizofrênico".
O que mais lamento na minha sensação é que ela parece ser coletiva, o que também deve ser mera coincidência, afinal porque vamos comemorar os avanços tecnológicos da ciência se é melhor reclamar da má administração política dos nossos nobres governantes. Porque comemorar que temos condições de viver por mais anos de forma saudável, fruto da prevenção, melhores condições físicas, acesso à saúde possibilitando a adequação dos modernos tratamentos às mais variadas faixas etárias.
No fundo o que acabo concluindo que tudo é uma mera roda onde sempre aplicamos as mesmas frases de efeito, que por vezes ficam lindas na mídia, ou em "papo-cabeça" na mesa do bar. Ficamos meramente no papel de vitimas observadores, como se nada estivesse acontecendo e tudo é culpa do Governo que por sua vez elege os laboratórios como grandes vilões e utilizar as ONGs para ganhar dinheiro, que faz uso da justiça através dos conceituados Doutores especializados na área da saúde, que lotam os tribunais com suas liminares para conseguir o tratamento para quem se atreveu a ficar doente.
O acesso à informação, a cultura, ao conhecimento é muito mais importante do que o acesso ao Advogado. Tá na hora de nos qualificarmos, a ignorância é a pior doença que podemos ter, principalmente em ano de eleição.
Ao ler uma brilhante matéria escrita pelo jornalista Leandro Quintanilha, na Revista da ABCâncer, me deparei com as seguintes palavras:
"É mais importante acrescentar vida aos dias que dias à vida"*
Essa matéria tem o seguinte titulo: Infinita enquanto DURE. Ver no paciente e não na doença a razão de ser da atividade de saúde é o propósito dos cuidados paliativos. Nessa modalidade de tratamento, todos se unem e formam um mesmo time e dessa forma temos a possibilidade de ganhar de goleada no jogo na vida.
*Cicely Saunders, que criou, em 1967, em Londres, um Hospital especializado em cuidados paliativos.
www.portalsaude.org
Cada vez que preciso utilizar o sistema de saúde, seja publico ou privado, tenho a nítida sensação que alguém está me perguntando: eu disse que você tem direito a ficar doente? Deve ser pura mania de perseguição minha, obvio. Uma dessas coincidências que acontecem na vida ou como disse os psiquiatras, algo meio "esquizofrênico".
O que mais lamento na minha sensação é que ela parece ser coletiva, o que também deve ser mera coincidência, afinal porque vamos comemorar os avanços tecnológicos da ciência se é melhor reclamar da má administração política dos nossos nobres governantes. Porque comemorar que temos condições de viver por mais anos de forma saudável, fruto da prevenção, melhores condições físicas, acesso à saúde possibilitando a adequação dos modernos tratamentos às mais variadas faixas etárias.
No fundo o que acabo concluindo que tudo é uma mera roda onde sempre aplicamos as mesmas frases de efeito, que por vezes ficam lindas na mídia, ou em "papo-cabeça" na mesa do bar. Ficamos meramente no papel de vitimas observadores, como se nada estivesse acontecendo e tudo é culpa do Governo que por sua vez elege os laboratórios como grandes vilões e utilizar as ONGs para ganhar dinheiro, que faz uso da justiça através dos conceituados Doutores especializados na área da saúde, que lotam os tribunais com suas liminares para conseguir o tratamento para quem se atreveu a ficar doente.
O acesso à informação, a cultura, ao conhecimento é muito mais importante do que o acesso ao Advogado. Tá na hora de nos qualificarmos, a ignorância é a pior doença que podemos ter, principalmente em ano de eleição.
Ao ler uma brilhante matéria escrita pelo jornalista Leandro Quintanilha, na Revista da ABCâncer, me deparei com as seguintes palavras:
"É mais importante acrescentar vida aos dias que dias à vida"*
Essa matéria tem o seguinte titulo: Infinita enquanto DURE. Ver no paciente e não na doença a razão de ser da atividade de saúde é o propósito dos cuidados paliativos. Nessa modalidade de tratamento, todos se unem e formam um mesmo time e dessa forma temos a possibilidade de ganhar de goleada no jogo na vida.
*Cicely Saunders, que criou, em 1967, em Londres, um Hospital especializado em cuidados paliativos.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
CANTORA IVETE SANGALO
Ivete Sangalo doa uma carreta para o Hospital do Câncer de Barretos
A cantora é a madrinha do projeto de prevenção ao câncer da instituição que fica no interior de São Paulo
Ivete Sangalo doou uma carreta para o Hospital do Câncer em Barretos, em São Paulo, no sábado, 12. A carreta de prevenção à doença tem o rosto da cantora estampado e é equipada com mamógrafo para realizar exames em mulheres de 40 a 69 anos. A carreta fará 120 exames ao dia. Ivete (na foto com o diretor geral do hospital, Henrique Prata) é a madrinha do projeto e a sua imagem ilustra toda a campanha de prevenção ao câncer do hospital.
A Cantora da uma grande demostração do que é acessibilidade para aqueles que necessitam de apoio e uma condição de vida mais digna na área da saúde.
IVETE SANGALO APOIA O PORTAL SAÚDE
A cantora é a madrinha do projeto de prevenção ao câncer da instituição que fica no interior de São Paulo
Ivete Sangalo doou uma carreta para o Hospital do Câncer em Barretos, em São Paulo, no sábado, 12. A carreta de prevenção à doença tem o rosto da cantora estampado e é equipada com mamógrafo para realizar exames em mulheres de 40 a 69 anos. A carreta fará 120 exames ao dia. Ivete (na foto com o diretor geral do hospital, Henrique Prata) é a madrinha do projeto e a sua imagem ilustra toda a campanha de prevenção ao câncer do hospital.
A Cantora da uma grande demostração do que é acessibilidade para aqueles que necessitam de apoio e uma condição de vida mais digna na área da saúde.
IVETE SANGALO APOIA O PORTAL SAÚDE
sábado, 26 de julho de 2008
Promoção da saúde X acessibilidade
Promoção da saúde X acessibilidade
por Adriana Leocádio
24/07/2008
Para a especialista em comportamento do consumidor, Adriana Leocádio, há uma grande diferença entre teoria e prática no acesso à medicina
A relação entre a saúde e as condições gerais de vida das populações foi constatada e explicitada na origem da medicina moderna. Os médicos, envolvidos com o intenso movimento social que emergiu ao relacionarem a doença com o ambiente, articulavam-no também às relações sociais que o produziam. A medicina fundia-se à política e expandia-se em direção ao espaço social.
Deixe o seu comentário sobre esta notícia
Tem mais informações sobre o tema? Então, clique aqui
Esse pensamento identifica-se com a perspectiva anticontagionista, que atribui a doença a um desequilíbrio do conjunto de circunstâncias que interferem na vida de um indivíduo ou de uma população, constituindo uma predisposição favorável ao surgimento de doenças.
O movimento da medicina preventiva surgiu visando dar uma melhor qualidade de vida a população. A concepção de níveis de prevenção foi incorporada ao discurso da Medicina Comunitária no Brasil na década de 1960 e orientou o estabelecimento de níveis de atenção nos sistemas e serviços de saúde que vigoram até hoje. Foi amplamente difundida durante os anos 1970 e 1980, juntamente com as propostas de Atenção Primária em Saúde e a idéia de "saúde para todos no ano 2000", contida na declaração de Alma-Ata (Teixeira, 2001). Contudo, o desenvolvimento da medicina no Brasil manteve a predominância de uma prática individual, com enfoque curativo dos problemas de saúde e a as dicotomias teoria-prática; psíquico-orgânico; indivíduo-sociedade, ou seja, chegamos a 2008 sem conseguirmos colocar em prática o Projeto feito para o ano 2000: "saúde para todos".
Agora a minha pergunta é: por que não evoluímos? Para onde foram os recursos destinados à saúde? Toda a arrecadação da CPMF? E, para mim, o que é ainda pior, para onde irão os recursos?
Técnicas de exames complementares com sofisticação crescente aperfeiçoaram as ações preventivas com base no diagnóstico precoce. Foram construídos recursos poderosos para prevenção de doenças, incapacidade e morte por problemas como cardiopatia isquêmica, algumas formas de câncer, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, etc.
Mais uma vez, tudo na teoria fica bem mais bonito e plausível. Personagens e formadores de opinião indo a mídia falar sobre prevenção, programas de conscientização, etc.
Tudo é muito válido, a informação é válida. É bom que as pessoas saibam que existem meios de tratar melhor suas "doenças", mas agora vem a pergunta: Tudo é realmente válido e produtivo na hora que precisamos e vamos buscar o acesso à realização de tantos exames preventivos que nos oferecem? Não. Isto não é válido, nem tampouco produtivo, pois é nesta hora que nos deparamos com verdadeiras condições subumanas.
Será que com isso tudo acontecendo, ao invés de qualificarmos a população em termos de informação, não estamos fazendo-a caminhar para um nível de estrangulamento onde não há nenhuma luz no fim do túnel?
Convido todos a fazer um breve exercício mental: o que acontece com uma mulher que realiza o auto-exame da mama, detecta um caroço e vai em busca da realização de um exame de mamografia no SUS ou sequer uma mera consulta para fazer um diagnóstico geral? No mínimo vai aguardar uma fila de seis meses de espera. Isso falando de São Paulo, Capital, que ainda é considerada a referência no Brasil.
Inúmeros eventos internacionais, publicações conceituais e resultados de pesquisas práticas foram elaborados no decorrer dos últimos 15 anos, evidenciando a grande diversidade de perspectivas contempladas no campo da promoção da saúde. Por um lado, observa-se uma tendência que privilegia, nos projetos em promoção da saúde, a dimensão comportamental e do auto- cuidado.
Os conceitos de prevenção de doenças e de promoção da saúde não se distinguem claramente na prática do setor saúde. As práticas em promoção da saúde, da mesma forma que as de prevenção de doenças, fazem uso do conhecimento técnico e científico específico do campo da saúde.
O importante nesse artigo é ressaltar que continuamos mais do que nunca, vivendo um momento de total falência do sistema Único de Saúde, vide o caso dos recentes 20 óbitos registrados em uma semana na Santa Casa de Misericórdia de Belém, no Pará. E ainda tivemos que ouvir estupefatos a Secretária de Saúde do Estado, Laura Rosseti, que atribuiu os óbitos ao estado clínico no qual "as crianças chegam para atendimento". Seguindo por esse caminho, eu poderia escrever um livro narrando diferentes casos.
Talvez muitos não saibam que existem somente quatro especialistas que operam endometriose, uma doença muito comum -e séria - entre mulheres na capital de São Paulo pelo SUS, que tem capacidade de fazer até 100 operações por mês, mas, só realizam UMA.
Jamais devemos desistir da luta, mais fica muito difícil de combater as diferenças quando todos só têm interesse em divulgar o que é bonito.
Por isso, o meu objetivo é abordarmos como vamos dar acesso à população, para que ela possa ter a chance de uma qualidade de vida mais digna. Fazer valer seus direitos no que tange à saúde, convocar a mídia, a população e os médicos a abraçarem esta causa. Vamos juntar forças com as ONGs que representam algum tipo de patologia clínica e cobrar do Governo nossos devidos direitos constituídos.
Contem comigo!
Adriana Leocádio é especialista em comportamento do consumidor e presidente do portal Saúde: ww.portalsaude.org
por Adriana Leocádio
24/07/2008
Para a especialista em comportamento do consumidor, Adriana Leocádio, há uma grande diferença entre teoria e prática no acesso à medicina
A relação entre a saúde e as condições gerais de vida das populações foi constatada e explicitada na origem da medicina moderna. Os médicos, envolvidos com o intenso movimento social que emergiu ao relacionarem a doença com o ambiente, articulavam-no também às relações sociais que o produziam. A medicina fundia-se à política e expandia-se em direção ao espaço social.
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Esse pensamento identifica-se com a perspectiva anticontagionista, que atribui a doença a um desequilíbrio do conjunto de circunstâncias que interferem na vida de um indivíduo ou de uma população, constituindo uma predisposição favorável ao surgimento de doenças.
O movimento da medicina preventiva surgiu visando dar uma melhor qualidade de vida a população. A concepção de níveis de prevenção foi incorporada ao discurso da Medicina Comunitária no Brasil na década de 1960 e orientou o estabelecimento de níveis de atenção nos sistemas e serviços de saúde que vigoram até hoje. Foi amplamente difundida durante os anos 1970 e 1980, juntamente com as propostas de Atenção Primária em Saúde e a idéia de "saúde para todos no ano 2000", contida na declaração de Alma-Ata (Teixeira, 2001). Contudo, o desenvolvimento da medicina no Brasil manteve a predominância de uma prática individual, com enfoque curativo dos problemas de saúde e a as dicotomias teoria-prática; psíquico-orgânico; indivíduo-sociedade, ou seja, chegamos a 2008 sem conseguirmos colocar em prática o Projeto feito para o ano 2000: "saúde para todos".
Agora a minha pergunta é: por que não evoluímos? Para onde foram os recursos destinados à saúde? Toda a arrecadação da CPMF? E, para mim, o que é ainda pior, para onde irão os recursos?
Técnicas de exames complementares com sofisticação crescente aperfeiçoaram as ações preventivas com base no diagnóstico precoce. Foram construídos recursos poderosos para prevenção de doenças, incapacidade e morte por problemas como cardiopatia isquêmica, algumas formas de câncer, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, etc.
Mais uma vez, tudo na teoria fica bem mais bonito e plausível. Personagens e formadores de opinião indo a mídia falar sobre prevenção, programas de conscientização, etc.
Tudo é muito válido, a informação é válida. É bom que as pessoas saibam que existem meios de tratar melhor suas "doenças", mas agora vem a pergunta: Tudo é realmente válido e produtivo na hora que precisamos e vamos buscar o acesso à realização de tantos exames preventivos que nos oferecem? Não. Isto não é válido, nem tampouco produtivo, pois é nesta hora que nos deparamos com verdadeiras condições subumanas.
Será que com isso tudo acontecendo, ao invés de qualificarmos a população em termos de informação, não estamos fazendo-a caminhar para um nível de estrangulamento onde não há nenhuma luz no fim do túnel?
Convido todos a fazer um breve exercício mental: o que acontece com uma mulher que realiza o auto-exame da mama, detecta um caroço e vai em busca da realização de um exame de mamografia no SUS ou sequer uma mera consulta para fazer um diagnóstico geral? No mínimo vai aguardar uma fila de seis meses de espera. Isso falando de São Paulo, Capital, que ainda é considerada a referência no Brasil.
Inúmeros eventos internacionais, publicações conceituais e resultados de pesquisas práticas foram elaborados no decorrer dos últimos 15 anos, evidenciando a grande diversidade de perspectivas contempladas no campo da promoção da saúde. Por um lado, observa-se uma tendência que privilegia, nos projetos em promoção da saúde, a dimensão comportamental e do auto- cuidado.
Os conceitos de prevenção de doenças e de promoção da saúde não se distinguem claramente na prática do setor saúde. As práticas em promoção da saúde, da mesma forma que as de prevenção de doenças, fazem uso do conhecimento técnico e científico específico do campo da saúde.
O importante nesse artigo é ressaltar que continuamos mais do que nunca, vivendo um momento de total falência do sistema Único de Saúde, vide o caso dos recentes 20 óbitos registrados em uma semana na Santa Casa de Misericórdia de Belém, no Pará. E ainda tivemos que ouvir estupefatos a Secretária de Saúde do Estado, Laura Rosseti, que atribuiu os óbitos ao estado clínico no qual "as crianças chegam para atendimento". Seguindo por esse caminho, eu poderia escrever um livro narrando diferentes casos.
Talvez muitos não saibam que existem somente quatro especialistas que operam endometriose, uma doença muito comum -e séria - entre mulheres na capital de São Paulo pelo SUS, que tem capacidade de fazer até 100 operações por mês, mas, só realizam UMA.
Jamais devemos desistir da luta, mais fica muito difícil de combater as diferenças quando todos só têm interesse em divulgar o que é bonito.
Por isso, o meu objetivo é abordarmos como vamos dar acesso à população, para que ela possa ter a chance de uma qualidade de vida mais digna. Fazer valer seus direitos no que tange à saúde, convocar a mídia, a população e os médicos a abraçarem esta causa. Vamos juntar forças com as ONGs que representam algum tipo de patologia clínica e cobrar do Governo nossos devidos direitos constituídos.
Contem comigo!
Adriana Leocádio é especialista em comportamento do consumidor e presidente do portal Saúde: ww.portalsaude.org
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sábado, 17 de maio de 2008
A SEXUALIDADE NO PROCESSO DO ENVELHECIMENTO
Por Adriana Leocádio
www.portalsaude.org
As terapias de reposição hormonal assim como as novas moléculas (sildenafil, tadalafil) que lutam contra as disfunções da ereção revelaram a demanda crescente na área da saúde sexual na segunda metade da vida. Entretanto, o lugar da sexualidade no processo de envelhecimento constitui um assunto particularmente contaminado por preconceitos.
Problemática
A pirâmide das idades mostra um envelhecimento progressivo da população nos países ocidentais. A visibilidade social desta camada da população é atualmente um fenômeno presente em todos os países que conseguiram dilatar a esperança de vida através dos progressos combinados da medicina e do meio ambiente. As repercussões do processo de envelhecimento sobre a sexualidade constituem um assunto particularmente contaminado por preconceitos.
Até recentemente, ainda se acreditava que por volta dos cinqüenta anos o declínio da função sexual era inevitável face à menopausa feminina e à instalação progressiva das disfunções da ereção masculina. Além disto, a atividade sexual perdia fatalmente seu objetivo de procriação e, portanto, sua justificativa social. A concepção pioneira de Freud (1905/1969) afirmando o prazer como objetivo da sexualidade humana liberou-a da obrigação de resultado pela reprodução. A tese de Freud veio a ser confirmada com a recente emergência do conceito de saúde sexual e com a sua dissociação progressiva do conceito de reprodução, o que coloca em evidência a autonomização da vida sexual e sua importância para a realização e o bem-estar dos indivíduos durante toda a vida (Giami, 2003). Mas esta liberdade ideológica só pôde tornar-se realidade com a conquista tecnológica dos hormônios sintéticos. Tornou-se assim possível tanto a contracepção quanto a terapia de reposição hormonal que facilita manter a função sexual prazerosa após a menopausa. Mais recentemente, o sildenafil e o tadalafil vieram proteger os homens das perturbações da ereção cujo potencial patológico se revela provavelmente muito mais a nível psicológico que fisiológico. Assim, os progressos da medicina minimizam as barreiras biológicas que dificultavam a manutenção da atividade sexual na segunda metade da vida. Espera-se que junto com a dilatação da esperança de vida e do progresso científico e técnico que homem tem sido capaz de pôr em marcha, haja uma evolução social e cultural e uma mudança das mentalidades capaz de integrar a sexualidade das pessoas idosas harmoniosamente em tais avanços.
AUTO-ESTIMA NA 3° IDADE
Nos dias atuais, uma das preocupações em relação ao envelhecimento, são as questões ligadas ás qualidade de vida e auto-estima na velhice.
Envelhecer não significa parar no tempo e sim continuar mantendo a integridade mental e física até os últimos anos de vida. Velhice não implica necessariamente doença e afastamento, quanto mais eles forem atuantes e integrados em seu meio social, menos ônus trarão para a sua família e para os serviços de saúde. É possível ter um envelhecimento bem-sucedido, envelhecer não é um fator de risco, pois há evidências de que as pessoas mais velhas tornam-se mais eficazes no uso de processos adaptativos, tendem a apresentar boa capacidade para compreender a relação entre as condições que definem o que é possível, ou não, e aplicar tal conhecimento em seu desenvolvimento pessoal e em sua adaptação.
As avaliações pessoais e sociais são importantes na determinação do grau de satisfação com o envelhecimento e com a velhice, mantendo um envelhecimento bem-sucedido e bem-estar psicológico. Segundo Neri e Freire (2000), o bem-estar psicológico é um dos determinantes de uma velhice bem-sucedida, expressão que diz da possibilidade de os idosos manterem a saúde e a funcionalidade física, mental e social, bem como preservarem elevada capacidade de adaptação, a partir de investimentos pessoais e culturais iniciada precocemente. O envelhecimento bem sucedido está relacionado à boa qualidade de toda uma vida. Os indivíduos envelhecem de forma diferenciada, dependendo de como organizam suas vidas, das circunstâncias históricas e culturais em que vivem, etc. Isso faz com que adaptem às transformações ocorridas em si e no meio em que está inserido, sendo um processo individual.
De acordo com Branden (2001), ciência é a arte de gostarmos de nós mesmos, e de como isso é importante para o equilíbrio psicológico na velhice, em parte porque a auto-estima é parte do conhecimento que temos a respeito de nós próprios, em parte porque ambos são importantes mediadores do bem-estar psicológico, das realizações do senso de integridade, das capacidades de lidar com os eventos de transição e da definição de metas.
Portanto, auto-estima significa gostar de nós mesmos, não se trata de excesso de valorização de nossa própria pessoa, e não aparece de modo isolado, ela se desenvolve como parte de nossa personalidade.
Para se construir uma identidade exige tempo, vivenciar muitas coisas para selecionar o que fará parte de nós. A integração é também um fator muito importante à auto-estima.
Contexto científico
Para compreender a problemática da sexualidade nos adultos maduros e idosos (após os 50 anos de idade), é preciso levar em conta os fatores básicos que afetam o comportamento e a resposta sexual em qualquer idade:
1. Saúde física. A doença pode reduzir ou impedir o interesse pela sexualidade em qualquer idade.
2. Preconceitos sociais. Do ponto de vista do ciclo vital, o envelhecimento é um processo bio-psico-social, ou seja: caracterizado por mudanças fisiológicas, psicológicas e nos papéis sociais.
3. Auto-estima. Na sociedade contemporânea, os valores culturais orientados para a juventude tendem a depreciar os indivíduos idosos em termos de sua aptidão e atração sexual, particularmente as mulheres (Leiblum, 1990). Pessoas desta faixa etária são compelidas a aposentar-se também do terreno sexual, no qual as iniciativas representam um risco importante de desapontamento e frustração.
4. Conhecimentos sobre a sexualidade. Master e Johnson (1970) explicam que muitos homens deixam de ter relações e se tornam impotentes porque, não compreendendo as mudanças fisiológicas ligadas ao processo do envelhecimento, interpretam-nas como sendo sintomas de impotência.
5. Status conjugal. A regularidade das relações sexuais da faixa etária em referência (depois dos 50 anos de idade) está muito ligada à oportunidade representada pela situação conjugal.
A geração que ultrapassou os cinqüenta anos, idade que marca o início das alterações bio-psico-sociais caracterizando o envelhecimento, confronta-se atualmente com um conflito entre os estereótipos e os valores ligados à sexualidade internalizados ao longo da vida e a oferta recente de recursos que permitem assumir as inclinações pessoais realmente percebidas.
Colaboração: Simone Petinatti - Hair Stylist - Fone: (11) 3094.2640
Simone da Cunha Costa - Psicologa
www.portalsaude.org
As terapias de reposição hormonal assim como as novas moléculas (sildenafil, tadalafil) que lutam contra as disfunções da ereção revelaram a demanda crescente na área da saúde sexual na segunda metade da vida. Entretanto, o lugar da sexualidade no processo de envelhecimento constitui um assunto particularmente contaminado por preconceitos.
Problemática
A pirâmide das idades mostra um envelhecimento progressivo da população nos países ocidentais. A visibilidade social desta camada da população é atualmente um fenômeno presente em todos os países que conseguiram dilatar a esperança de vida através dos progressos combinados da medicina e do meio ambiente. As repercussões do processo de envelhecimento sobre a sexualidade constituem um assunto particularmente contaminado por preconceitos.
Até recentemente, ainda se acreditava que por volta dos cinqüenta anos o declínio da função sexual era inevitável face à menopausa feminina e à instalação progressiva das disfunções da ereção masculina. Além disto, a atividade sexual perdia fatalmente seu objetivo de procriação e, portanto, sua justificativa social. A concepção pioneira de Freud (1905/1969) afirmando o prazer como objetivo da sexualidade humana liberou-a da obrigação de resultado pela reprodução. A tese de Freud veio a ser confirmada com a recente emergência do conceito de saúde sexual e com a sua dissociação progressiva do conceito de reprodução, o que coloca em evidência a autonomização da vida sexual e sua importância para a realização e o bem-estar dos indivíduos durante toda a vida (Giami, 2003). Mas esta liberdade ideológica só pôde tornar-se realidade com a conquista tecnológica dos hormônios sintéticos. Tornou-se assim possível tanto a contracepção quanto a terapia de reposição hormonal que facilita manter a função sexual prazerosa após a menopausa. Mais recentemente, o sildenafil e o tadalafil vieram proteger os homens das perturbações da ereção cujo potencial patológico se revela provavelmente muito mais a nível psicológico que fisiológico. Assim, os progressos da medicina minimizam as barreiras biológicas que dificultavam a manutenção da atividade sexual na segunda metade da vida. Espera-se que junto com a dilatação da esperança de vida e do progresso científico e técnico que homem tem sido capaz de pôr em marcha, haja uma evolução social e cultural e uma mudança das mentalidades capaz de integrar a sexualidade das pessoas idosas harmoniosamente em tais avanços.
AUTO-ESTIMA NA 3° IDADE
Nos dias atuais, uma das preocupações em relação ao envelhecimento, são as questões ligadas ás qualidade de vida e auto-estima na velhice.
Envelhecer não significa parar no tempo e sim continuar mantendo a integridade mental e física até os últimos anos de vida. Velhice não implica necessariamente doença e afastamento, quanto mais eles forem atuantes e integrados em seu meio social, menos ônus trarão para a sua família e para os serviços de saúde. É possível ter um envelhecimento bem-sucedido, envelhecer não é um fator de risco, pois há evidências de que as pessoas mais velhas tornam-se mais eficazes no uso de processos adaptativos, tendem a apresentar boa capacidade para compreender a relação entre as condições que definem o que é possível, ou não, e aplicar tal conhecimento em seu desenvolvimento pessoal e em sua adaptação.
As avaliações pessoais e sociais são importantes na determinação do grau de satisfação com o envelhecimento e com a velhice, mantendo um envelhecimento bem-sucedido e bem-estar psicológico. Segundo Neri e Freire (2000), o bem-estar psicológico é um dos determinantes de uma velhice bem-sucedida, expressão que diz da possibilidade de os idosos manterem a saúde e a funcionalidade física, mental e social, bem como preservarem elevada capacidade de adaptação, a partir de investimentos pessoais e culturais iniciada precocemente. O envelhecimento bem sucedido está relacionado à boa qualidade de toda uma vida. Os indivíduos envelhecem de forma diferenciada, dependendo de como organizam suas vidas, das circunstâncias históricas e culturais em que vivem, etc. Isso faz com que adaptem às transformações ocorridas em si e no meio em que está inserido, sendo um processo individual.
De acordo com Branden (2001), ciência é a arte de gostarmos de nós mesmos, e de como isso é importante para o equilíbrio psicológico na velhice, em parte porque a auto-estima é parte do conhecimento que temos a respeito de nós próprios, em parte porque ambos são importantes mediadores do bem-estar psicológico, das realizações do senso de integridade, das capacidades de lidar com os eventos de transição e da definição de metas.
Portanto, auto-estima significa gostar de nós mesmos, não se trata de excesso de valorização de nossa própria pessoa, e não aparece de modo isolado, ela se desenvolve como parte de nossa personalidade.
Para se construir uma identidade exige tempo, vivenciar muitas coisas para selecionar o que fará parte de nós. A integração é também um fator muito importante à auto-estima.
Contexto científico
Para compreender a problemática da sexualidade nos adultos maduros e idosos (após os 50 anos de idade), é preciso levar em conta os fatores básicos que afetam o comportamento e a resposta sexual em qualquer idade:
1. Saúde física. A doença pode reduzir ou impedir o interesse pela sexualidade em qualquer idade.
2. Preconceitos sociais. Do ponto de vista do ciclo vital, o envelhecimento é um processo bio-psico-social, ou seja: caracterizado por mudanças fisiológicas, psicológicas e nos papéis sociais.
3. Auto-estima. Na sociedade contemporânea, os valores culturais orientados para a juventude tendem a depreciar os indivíduos idosos em termos de sua aptidão e atração sexual, particularmente as mulheres (Leiblum, 1990). Pessoas desta faixa etária são compelidas a aposentar-se também do terreno sexual, no qual as iniciativas representam um risco importante de desapontamento e frustração.
4. Conhecimentos sobre a sexualidade. Master e Johnson (1970) explicam que muitos homens deixam de ter relações e se tornam impotentes porque, não compreendendo as mudanças fisiológicas ligadas ao processo do envelhecimento, interpretam-nas como sendo sintomas de impotência.
5. Status conjugal. A regularidade das relações sexuais da faixa etária em referência (depois dos 50 anos de idade) está muito ligada à oportunidade representada pela situação conjugal.
A geração que ultrapassou os cinqüenta anos, idade que marca o início das alterações bio-psico-sociais caracterizando o envelhecimento, confronta-se atualmente com um conflito entre os estereótipos e os valores ligados à sexualidade internalizados ao longo da vida e a oferta recente de recursos que permitem assumir as inclinações pessoais realmente percebidas.
Colaboração: Simone Petinatti - Hair Stylist - Fone: (11) 3094.2640
Simone da Cunha Costa - Psicologa
A IMPORTÂNCIA DO CABELO NA SOCIEDADE
Por Adriana Leocádio
www.portalsaude.org
“Nega do cabelo duro,
Qual o pente que te penteia
Teu cabelo ta moda
O teu corpo bamboleia
Minha nega, meu amor
Qual é o pente que te penteia...”
Cantado em verso e prosa por diferentes ícones do nosso cancioneiro popular, cabelo sempre está presente em nossa vida. Posso afirmar que o cabelo faz parte da lista que cobiçamos ao admirar alguém, só perde para: bumbuns, seios e sorrisos. Que me perdoem os carecas que por sinal em sua maioria são recheados de puro charme.
A importância dos cabelos é tanta em nossa vida que um dos mais recentes sucessos americanos é o musical Hairspray. Obteve a maior renda de estréia alcançada até hoje por um longa do gênero, batendo sucessos como "Grease: Nos tempos da brilhantina" e "Moulin Rouge! - Amor em Vermelho”. "Hairspray" é baseado em um musical da Broadway e conta a história de uma adolescente um pouco acima do peso que sonha em ser estrela de um show de tv que apresenta jovens talentos da dança.Logo a garota desperta a inveja de pessoas do meio.Tudo se passa na década de 60. A estréia no Brasil está prevista para Setembro deste ano.
Os cabelos, apesar de não terem função fisiológica vital, tem uma grande importância psicossocial relacionada à aparência e auto estima. O cabelo é uma estrutura complexa que tem bulbo (raiz) formado de vários tipos de células e haste que consiste também de células e algumas proteínas destacando-se a queratina e melanina. O cabelo tem um ciclo trocando várias vezes durante a vida. No couro cabeludo há em média 150.000 fios sendo que volta de 10% estão na fase de queda. O crescimento do cabelo é de cerca de 1 cm por mês e a perda normal varia de 50 a 100 fios.
Imagem é tudoMarketing pessoal exige mais do que palavras ao vento; vai desde a postura ética, passando pela competência, até os valores que o profissional defende na sociedade.
Conhecimento, treinamento, dedicação, disciplina e muita perseverança são as características que definem um profissional que aplica na sua carreia a estratégia do marketing pessoal. Uma carreira bem-sucedida é baseada em conhecimento, talento e, sobretudo, na imagem que o profissional consegue com os colegas e chefias.
A estratégia adotada é ser sempre simpático com os clientes, mostrar à chefia segurança na tomada de decisões e cuidar do visual. “Quando nos preparamos, temos mais gás para executar os objetivos, mais disposição para as funções profissionais.”
O diferencial é a forma alegre com que se trata os desafios e a motivação permanente. Um dos investimentos no visual que está em voga é uma completa reforma no sorriso, realinhando os dentes.
Além dos tratamentos capilares que vão desde corte e tintura até tratamentos mais específicos.A importância dos cabelosNas comunidades humanas, a estética é muito valorizada. Em razão disso, apesar de não apresentarem importância maior para a sobrevivência do indivíduo, os cabelos têm valor indiscutível como ornamento pessoal.Em algumas culturas, o aspecto dos cabelos assinala diferenças sociais ou profissionais; já em outras, atende a exigências religiosas ou até mesmo a posicionamentos políticos.Compondo a moldura do rosto, os cabelos sinalizam formas de encarar a vida e, muitas vezes, importantes mudanças do comportamento pessoal.Cortá-los, penteá-los, pintá-los de acordo com os próprios desejos são maneiras que cada um tem de demarcar sua individualidade.Contribuindo para uma imagem clássica ou radical, os cabelos são repletos de significados associados a conceitos de ousadia, juventude, liberdade, sedução e poder.Constituem-se na característica mais marcante e variável dos seres humanos, tornando-se ingredientes fundamentais da identidade pessoal.Para muitos, perdê-los é um desfiguramento grave.
Dentro deste universo conversei com a consagrada “hair stylist” Simone Petinatti, do Studio W – Shopping Iguatemi SP, que trabalha com criações únicas, pois é especialista em Alquimia em cores, além de aplicar a técnica do visagismo fazendo cortes que combinam com personalidade e estilo de cada cliente.
Simone também assinala que um ponto forte no seu estilo de trabalho é ensinar aos clientes a melhor forma de aplicar saúde aos nossos cabelos, que vão da reconstrução de fios, alisamentos, até prevenção de queda.
MAS ATÉ QUE PONTO O CABELO INFLUNCIA A NOSSA PERSONALIDADE?
De acordo com Branden (2002), auto-estima é a capacidade que uma pessoa tem de confiar em si própria, é algo que afeta crucialmente todos os aspectos da nossa experiência, é expressar de forma adequada para si e para os outros as próprias necessidades e desejos. A auto-estima não aparece de modo isolado, ela se desenvolve como parte de nossa personalidade. Portanto, a auto-estima é a chave para o sucesso ou para o fracasso.
Existe a auto-estima positiva e a auto-estima negativa. A auto-estima positiva é sentir-se confiantemente adequado a vida e a auto-estima baixa é sentir-se inadequado a vida, com negativismo sobre si mesmo.
“Canto porque amo. Mas também canto para os meus fãs e eles merecem de mim o melhor e isso inclui em visual, pois tenho consciência que sirvo de referencia para muitas pessoas, por isso não abro mão de manter meus cabelos sempre tratados e com um estilo que retrata minha personalidade” – Cantor Paulo Ricardo.
Segundo alguns estudiosos, a auto-estima parece ter uma ligação muito forte com os objetivos e planos que estabelecemos para nós e que dão um significado à nossa vida. Desenvolver a auto-estima é desenvolver a condição de que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade, e portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e otimismo, que nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados. Desenvolver a auto-estima é expandir nossa capacidade de ser feliz.
A baixa auto-estima gera ansiedade, medo, depressão, fobias, enfim, uma série de outros problemas. Pois a baixa auto-estima revela uma pessoa que não expressa os seus sentimentos para os outros, acaba tornando-se mentirosa a si mesma.
Auto-estima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima, reside na carne do nosso ser. É o que eu penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente sobre mim.
Em nossa sociedade as pessoas primeiro criticam para depois e bem depois aceitarem as diferenças. Já tive cabelo longo, curto, liso, encaracolado, já fui morena e atualmente estou alinhada a minha natureza loira. Mas a cada mudança vinha um enorme desafio: “como vou ser vista pelo mundo?”
Hoje, aos 40 anos, quero que o mundo me veja como ele achar melhor. Para mim, o que mais importa é como eu me vejo e com certeza para aqueles que me lêem nesse momento e um dia me encontrar pela vida vai compreender que essa minha frase é pura realidade.
Colaboração: Simone Petinatti – Hair Stylist – Fone: (11) 3094.2640
www.portalsaude.org
“Nega do cabelo duro,
Qual o pente que te penteia
Teu cabelo ta moda
O teu corpo bamboleia
Minha nega, meu amor
Qual é o pente que te penteia...”
Cantado em verso e prosa por diferentes ícones do nosso cancioneiro popular, cabelo sempre está presente em nossa vida. Posso afirmar que o cabelo faz parte da lista que cobiçamos ao admirar alguém, só perde para: bumbuns, seios e sorrisos. Que me perdoem os carecas que por sinal em sua maioria são recheados de puro charme.
A importância dos cabelos é tanta em nossa vida que um dos mais recentes sucessos americanos é o musical Hairspray. Obteve a maior renda de estréia alcançada até hoje por um longa do gênero, batendo sucessos como "Grease: Nos tempos da brilhantina" e "Moulin Rouge! - Amor em Vermelho”. "Hairspray" é baseado em um musical da Broadway e conta a história de uma adolescente um pouco acima do peso que sonha em ser estrela de um show de tv que apresenta jovens talentos da dança.Logo a garota desperta a inveja de pessoas do meio.Tudo se passa na década de 60. A estréia no Brasil está prevista para Setembro deste ano.
Os cabelos, apesar de não terem função fisiológica vital, tem uma grande importância psicossocial relacionada à aparência e auto estima. O cabelo é uma estrutura complexa que tem bulbo (raiz) formado de vários tipos de células e haste que consiste também de células e algumas proteínas destacando-se a queratina e melanina. O cabelo tem um ciclo trocando várias vezes durante a vida. No couro cabeludo há em média 150.000 fios sendo que volta de 10% estão na fase de queda. O crescimento do cabelo é de cerca de 1 cm por mês e a perda normal varia de 50 a 100 fios.
Imagem é tudoMarketing pessoal exige mais do que palavras ao vento; vai desde a postura ética, passando pela competência, até os valores que o profissional defende na sociedade.
Conhecimento, treinamento, dedicação, disciplina e muita perseverança são as características que definem um profissional que aplica na sua carreia a estratégia do marketing pessoal. Uma carreira bem-sucedida é baseada em conhecimento, talento e, sobretudo, na imagem que o profissional consegue com os colegas e chefias.
A estratégia adotada é ser sempre simpático com os clientes, mostrar à chefia segurança na tomada de decisões e cuidar do visual. “Quando nos preparamos, temos mais gás para executar os objetivos, mais disposição para as funções profissionais.”
O diferencial é a forma alegre com que se trata os desafios e a motivação permanente. Um dos investimentos no visual que está em voga é uma completa reforma no sorriso, realinhando os dentes.
Além dos tratamentos capilares que vão desde corte e tintura até tratamentos mais específicos.A importância dos cabelosNas comunidades humanas, a estética é muito valorizada. Em razão disso, apesar de não apresentarem importância maior para a sobrevivência do indivíduo, os cabelos têm valor indiscutível como ornamento pessoal.Em algumas culturas, o aspecto dos cabelos assinala diferenças sociais ou profissionais; já em outras, atende a exigências religiosas ou até mesmo a posicionamentos políticos.Compondo a moldura do rosto, os cabelos sinalizam formas de encarar a vida e, muitas vezes, importantes mudanças do comportamento pessoal.Cortá-los, penteá-los, pintá-los de acordo com os próprios desejos são maneiras que cada um tem de demarcar sua individualidade.Contribuindo para uma imagem clássica ou radical, os cabelos são repletos de significados associados a conceitos de ousadia, juventude, liberdade, sedução e poder.Constituem-se na característica mais marcante e variável dos seres humanos, tornando-se ingredientes fundamentais da identidade pessoal.Para muitos, perdê-los é um desfiguramento grave.
Dentro deste universo conversei com a consagrada “hair stylist” Simone Petinatti, do Studio W – Shopping Iguatemi SP, que trabalha com criações únicas, pois é especialista em Alquimia em cores, além de aplicar a técnica do visagismo fazendo cortes que combinam com personalidade e estilo de cada cliente.
Simone também assinala que um ponto forte no seu estilo de trabalho é ensinar aos clientes a melhor forma de aplicar saúde aos nossos cabelos, que vão da reconstrução de fios, alisamentos, até prevenção de queda.
MAS ATÉ QUE PONTO O CABELO INFLUNCIA A NOSSA PERSONALIDADE?
De acordo com Branden (2002), auto-estima é a capacidade que uma pessoa tem de confiar em si própria, é algo que afeta crucialmente todos os aspectos da nossa experiência, é expressar de forma adequada para si e para os outros as próprias necessidades e desejos. A auto-estima não aparece de modo isolado, ela se desenvolve como parte de nossa personalidade. Portanto, a auto-estima é a chave para o sucesso ou para o fracasso.
Existe a auto-estima positiva e a auto-estima negativa. A auto-estima positiva é sentir-se confiantemente adequado a vida e a auto-estima baixa é sentir-se inadequado a vida, com negativismo sobre si mesmo.
“Canto porque amo. Mas também canto para os meus fãs e eles merecem de mim o melhor e isso inclui em visual, pois tenho consciência que sirvo de referencia para muitas pessoas, por isso não abro mão de manter meus cabelos sempre tratados e com um estilo que retrata minha personalidade” – Cantor Paulo Ricardo.
Segundo alguns estudiosos, a auto-estima parece ter uma ligação muito forte com os objetivos e planos que estabelecemos para nós e que dão um significado à nossa vida. Desenvolver a auto-estima é desenvolver a condição de que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade, e portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e otimismo, que nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados. Desenvolver a auto-estima é expandir nossa capacidade de ser feliz.
A baixa auto-estima gera ansiedade, medo, depressão, fobias, enfim, uma série de outros problemas. Pois a baixa auto-estima revela uma pessoa que não expressa os seus sentimentos para os outros, acaba tornando-se mentirosa a si mesma.
Auto-estima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima, reside na carne do nosso ser. É o que eu penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente sobre mim.
Em nossa sociedade as pessoas primeiro criticam para depois e bem depois aceitarem as diferenças. Já tive cabelo longo, curto, liso, encaracolado, já fui morena e atualmente estou alinhada a minha natureza loira. Mas a cada mudança vinha um enorme desafio: “como vou ser vista pelo mundo?”
Hoje, aos 40 anos, quero que o mundo me veja como ele achar melhor. Para mim, o que mais importa é como eu me vejo e com certeza para aqueles que me lêem nesse momento e um dia me encontrar pela vida vai compreender que essa minha frase é pura realidade.
Colaboração: Simone Petinatti – Hair Stylist – Fone: (11) 3094.2640
segunda-feira, 12 de maio de 2008
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Diante deste momento de total abandono que vive a saúde hoje no Brasil, nasce uma organização não governamental, sem fins lucrativos, sediada na cidade de São Paulo e que tem como objetivo amparar todos os brasileiros, portadores ou não de doenças crônicas, abordando diferentes temas relacionados à área da saúde: O Portal Saúde. Formado por profissionais da área médica como farmacêuticos, odontologistas, médicos, psicólogos, e apoiado por pedagogos, advogados, jornalistas, administradores hospitalares, universitários e pacientes, o Portal Saúde é constituído de artigos, matérias, pesquisas, informações sobre medicamentos, dicas e todos os tipos de notícias sobre o que está acontecendo no Brasil, em termos gerais, na área de saúde. A partir dessa data você está convidado a visitar o Portal Saúde através do endereço: www.portalsaude.org. Você poderá navegar, conhecer melhor nossos objetivos, cadastrar-se para diversos fins e, com isso, fazer parte da nossa equipe sugerindo temas para serem abordados, enviando artigos, notas e informações, dentre outras coisas. O Portal Saúde foi desenvolvido para você, e seus serviços serão prestados em todo o território nacional, buscando sempre a excelência e qualidade de seu conteúdo, juntamente com seus parceiros e fornecedores, para assim garantir uma postura honesta e ética acima de tudo a todos os seus usuários. Venha fazer parte dessa família! Contamos com você!
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MÉDICO VERSUS PLANOS DE SAÚDE
Por Adriana Leocádio
Nessa minha convivência no mercado da saúde, tenho conversado muito com médicos de diferentes patologias e acabei chegando a triste conclusão que médicos que vivem da clínica particular são aves raríssimas. Mais de 97% prestam serviços aos planos de saúde e recebem valores vergonhosos por consulta. Aqueles que por alguma força do destino conseguiram seu credenciamento junto a alguma operadora de saúde suplementar, pois a maioria que tem qualificação exemplar não consegue fazer parte da lista de credenciados.
Os responsáveis pelos planos de saúde alegam que os avanços tecnológicos encarecem a assistência médica de tal forma que fica impossível aumentar a remuneração sem repassar os custos para os usuários já sobrecarregados. Os sindicatos e os conselhos de medicina desconfiam seriamente de tal justificativa, uma vez que as empresas não lhes permitem acesso às planilhas de custos. Tempos atrás, a Fipe realizou um levantamento do custo de um consultório-padrão, alugado por R$ 750 num prédio cujo condomínio custasse apenas R$ 150 e que pagasse os seguintes salários: R$ 650 à atendente, R$ 600 a uma auxiliar de enfermagem, R$ 275 à faxineira e R$ 224 ao contador. Somados os encargos sociais (correspondentes a 65% dos salários), os benefícios, as contas de luz, água, gás e telefone, impostos e taxas da prefeitura, gastos com a conservação do imóvel, material de consumo, custos operacionais e aqueles necessários para a realização da atividade profissional, esse consultório-padrão exigiria R$ 5.179,62 por mês para sua manutenção.
Por isso, os usuários dos planos de saúde se queixam: "Os médicos não examinam mais a gente"; "O médico nem olhou a minha cara, ficou de cabeça baixa preenchendo o pedido de exames enquanto eu falava”; "Minha consulta durou cinco minutos”.
Voltemos às consultas, razão de existirem os consultórios médicos. Em princípio, cada consulta pode gerar de zero a um ou mais retornos para trazer os resultados dos exames pedidos. Os técnicos calculam que 50% a 60% das consultas médicas geram retornos pelos quais os convênios e planos de saúde não desembolsam um centavo sequer.
É possível exercer a profissão com competência nessa velocidade? Conversando com médicos com experiência de quem atende doentes há quase 40 anos, posso garantir-lhes que não é.
“O bom exercício da medicina exige, além do exame físico cuidadoso, observação acurada, atenção à história da moléstia, à descrição dos sintomas, aos fatores de melhora e piora uma análise, ainda que sumária, das condições de vida e da personalidade do paciente.”
Levando em conta, ainda, que os seres humanos costumam ser pouco objetivos ao relatar seus males, cabe ao profissional orientá-los a fazê-lo com mais precisão para não omitir detalhes fundamentais. A probabilidade de cometer erros graves aumenta perigosamente quando médicos se vêem obrigados a avaliarem quadros clínicos complexos entre dez e 15 minutos. O que os empresários dos planos de saúde parecem não enxergar é que, embora consigam mão-de-obra barata - graças à proliferação de faculdades de medicina que privilegiou números em detrimento da qualidade -, acabam perdendo dinheiro ao pagar honorários tão insignificantes: médicos que não dispõem de tempo a "perder" com as queixas e o exame físico dos pacientes, pedem exames desnecessários. Tossiu? Raios X de tórax. O resultado veio normal? Tomografia computadorizada. É mais rápido do que considerar as características do quadro, dar explicações detalhadas e observar a evolução. E tem boa chance de deixar o doente com a impressão de que está sendo cuidado.
A economia no preço da consulta resulta em contas astronômicas pagas aos hospitais, onde vão parar os pacientes por falta de diagnóstico precoce, aos laboratórios e serviços de radiologia, cujas redes se expandem a olhos vistos pelas cidades brasileiras.
Além disso, entra em campo o judiciário que vem salvar vidas através das mãos de “ainda” raros profissionais advogados especializados na área da saúde, que fazem prevalecer os direitos constantemente negados, principalmente quando os tratamentos solicitados são referente a doenças crônicas que em sua maioria resulta em tratamento de alto custo. Se falar na assistência farmacêutica então, ou mesmo o home care, ai a situação só piora.
Aos médicos, que atendem a troco de tão pouco, só resta à alternativa de explicar à população que é tarefa impossível trabalhar nessas condições e pedir descredenciamento em massa dos planos que oferecem remuneração vil. É mais respeitoso com a medicina procurar outros meios de ganhar a vida do que universalizar o cinismo injustificável do "eles fingem que pagam, a gente finge que atende”.
O usuário, ao contratar um plano de saúde, deve sempre perguntar quanto receberão por consulta os profissionais cujos nomes constam da lista de conveniados. Longe de mim desmerecer qualquer tipo de trabalho, mas eu teria medo de ser atendido por um médico que vai receber bem menos do que um encanador cobra para desentupir o banheiro da minha casa.
Nessa minha convivência no mercado da saúde, tenho conversado muito com médicos de diferentes patologias e acabei chegando a triste conclusão que médicos que vivem da clínica particular são aves raríssimas. Mais de 97% prestam serviços aos planos de saúde e recebem valores vergonhosos por consulta. Aqueles que por alguma força do destino conseguiram seu credenciamento junto a alguma operadora de saúde suplementar, pois a maioria que tem qualificação exemplar não consegue fazer parte da lista de credenciados.
Os responsáveis pelos planos de saúde alegam que os avanços tecnológicos encarecem a assistência médica de tal forma que fica impossível aumentar a remuneração sem repassar os custos para os usuários já sobrecarregados. Os sindicatos e os conselhos de medicina desconfiam seriamente de tal justificativa, uma vez que as empresas não lhes permitem acesso às planilhas de custos. Tempos atrás, a Fipe realizou um levantamento do custo de um consultório-padrão, alugado por R$ 750 num prédio cujo condomínio custasse apenas R$ 150 e que pagasse os seguintes salários: R$ 650 à atendente, R$ 600 a uma auxiliar de enfermagem, R$ 275 à faxineira e R$ 224 ao contador. Somados os encargos sociais (correspondentes a 65% dos salários), os benefícios, as contas de luz, água, gás e telefone, impostos e taxas da prefeitura, gastos com a conservação do imóvel, material de consumo, custos operacionais e aqueles necessários para a realização da atividade profissional, esse consultório-padrão exigiria R$ 5.179,62 por mês para sua manutenção.
Por isso, os usuários dos planos de saúde se queixam: "Os médicos não examinam mais a gente"; "O médico nem olhou a minha cara, ficou de cabeça baixa preenchendo o pedido de exames enquanto eu falava”; "Minha consulta durou cinco minutos”.
Voltemos às consultas, razão de existirem os consultórios médicos. Em princípio, cada consulta pode gerar de zero a um ou mais retornos para trazer os resultados dos exames pedidos. Os técnicos calculam que 50% a 60% das consultas médicas geram retornos pelos quais os convênios e planos de saúde não desembolsam um centavo sequer.
É possível exercer a profissão com competência nessa velocidade? Conversando com médicos com experiência de quem atende doentes há quase 40 anos, posso garantir-lhes que não é.
“O bom exercício da medicina exige, além do exame físico cuidadoso, observação acurada, atenção à história da moléstia, à descrição dos sintomas, aos fatores de melhora e piora uma análise, ainda que sumária, das condições de vida e da personalidade do paciente.”
Levando em conta, ainda, que os seres humanos costumam ser pouco objetivos ao relatar seus males, cabe ao profissional orientá-los a fazê-lo com mais precisão para não omitir detalhes fundamentais. A probabilidade de cometer erros graves aumenta perigosamente quando médicos se vêem obrigados a avaliarem quadros clínicos complexos entre dez e 15 minutos. O que os empresários dos planos de saúde parecem não enxergar é que, embora consigam mão-de-obra barata - graças à proliferação de faculdades de medicina que privilegiou números em detrimento da qualidade -, acabam perdendo dinheiro ao pagar honorários tão insignificantes: médicos que não dispõem de tempo a "perder" com as queixas e o exame físico dos pacientes, pedem exames desnecessários. Tossiu? Raios X de tórax. O resultado veio normal? Tomografia computadorizada. É mais rápido do que considerar as características do quadro, dar explicações detalhadas e observar a evolução. E tem boa chance de deixar o doente com a impressão de que está sendo cuidado.
A economia no preço da consulta resulta em contas astronômicas pagas aos hospitais, onde vão parar os pacientes por falta de diagnóstico precoce, aos laboratórios e serviços de radiologia, cujas redes se expandem a olhos vistos pelas cidades brasileiras.
Além disso, entra em campo o judiciário que vem salvar vidas através das mãos de “ainda” raros profissionais advogados especializados na área da saúde, que fazem prevalecer os direitos constantemente negados, principalmente quando os tratamentos solicitados são referente a doenças crônicas que em sua maioria resulta em tratamento de alto custo. Se falar na assistência farmacêutica então, ou mesmo o home care, ai a situação só piora.
Aos médicos, que atendem a troco de tão pouco, só resta à alternativa de explicar à população que é tarefa impossível trabalhar nessas condições e pedir descredenciamento em massa dos planos que oferecem remuneração vil. É mais respeitoso com a medicina procurar outros meios de ganhar a vida do que universalizar o cinismo injustificável do "eles fingem que pagam, a gente finge que atende”.
O usuário, ao contratar um plano de saúde, deve sempre perguntar quanto receberão por consulta os profissionais cujos nomes constam da lista de conveniados. Longe de mim desmerecer qualquer tipo de trabalho, mas eu teria medo de ser atendido por um médico que vai receber bem menos do que um encanador cobra para desentupir o banheiro da minha casa.
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