quinta-feira, 30 de outubro de 2008

LIMITES DA TOLERÂNCIA

Tudo tem limites, também a tolerância, pois nem tudo vale neste mundo. Os profetas de ontem e de hoje sacrificaram suas vidas porque ergueram sua voz e tiveram a coragem de dizer: "Não te é permitido fazer o que fazes...". Há situações em que a tolerância significa cumplicidade com o crime, omissão culposa, insensibildade ética ou comodismo. Não devemos ter tolerância com aqueles que têm poder de erradicar a vida humana do Planeta e de destruir grande parte da biosfera. Há que submetê-los a controles severos.

Não devemos ser tolerantes com aqueles que invadem a privacidade alheia usando meios ilicitos em nome de uma falsa dúvida.Não devemos ser tolerantes com aqueles que assassinam inocentes, abusam sexualmente de crianças, traficam órgãos humanos. Cabe aplicar-lhes duramente às leis. Não devemos ser tolerantes com aqueles que escravizam menores para produzir mais barato e lucrar no mercado mundial. Aplicar contra eles a legislação mundial. Não devemos ser tolerantes com terroristas que em nome de sua religião ou projeto político cometem crimes e matanças. Prendê-los e levá-los às barras dos tribunais. Não devemos ser tolerantes com aqueles que falsificam remédios que levam pessoas à morte ou instauram políticas de corrupção que delapidam os bens públicos. Contra estes devemos ser especialmente duros, pois ferem o bem comum. Não devemos ser tolerantes com as máfias das armas, das drogas e da prostituição que incluem seqüestros, torturas e eliminação física de pessoas. Há punições claras. Não devemos ser tolerantes com práticas que, em nome da cultura, cortam as mãos dos ladrões e submetem mulheres a mutilações genitais. Contra isso valem os direitos humanos. Nestes níveis não há que ser tolerante, mas decididamente firme, rigoroso e severo. Isso é virtude da justiça e não vício da intolerância. Se não formos assim, não teremos princípios e seremos cúmplices com o mal. A tolerância sem limites liquida com a tolerância, assim como a liberdade sem limites conduz à tirania do mais forte. Tanto a liberdade quanto a tolerância precisam, portanto, da proteção da lei. Senão, assistiremos a ditadura de uma única visão de mundo que nega todas as outras. O resultado é raiva e vontade de vingança, fermento do terrorismo. Onde estão então os limites da tolerância? No sofrimento, nos direitos humanos e nos direitos da natureza. Lá onde pessoas são desumanizadas, aí termina a tolerância. Ninguém tem o direito de impor sofrimento injusto ao outro. Os direitos ganharam sua expressão na Carta dos Direitos Humanos da ONU, assinada por todos os países. Todas as tradições devem se confrontar com aqueles preceitos. Se práticas implicarem violação daqueles enunciados, não podem se justificar. A Carta da Terra zela pelos direitos da natureza. Quem os violar perde legitimidade. Por fim, é possível ser tolerante com os intolerantes? A história comprovou que combater a intolerância com outra intolerância leva à aspiral da intolerância. A atitude pragmática busca estabelecer limites. Se a intolerância implicar crime e prejuízo manifesto a outros, vale o rigor da lei e a intolerância deve ser enquadrada. Fora deste constrangimento legal, vale a liberdade. Deve-se confrontar o intolerante com a realidade que todos compartilham como espaço vital. Deve-se levá-lo ao diálogo incansável e fazê-lo perceber as contradições de sua posição. O melhor caminho é a democracia sem fim, que se propõe incluir a todos e a respeitar um pacto social comum.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Quem precisa de terapia?

As dores da alma deixaram há muito tempo de ser tratadas como frescura e, hoje, incomodam tanto as pessoas quanto qualquer sintoma físico. Inúmeras pesquisas que comprovam a influência das emoções na saúde também ajudaram a popularizar a figura do terapeuta. Resultado: o perfil de quem busca ajuda psicológica mudou e a psicoterapia parece ter virado moda.No dia-a-dia, é comum ouvir um colega de trabalho ou algum familiar - que não demonstra qualquer sinal de carências, dilemas ou traumas emocionais -dizer que está atrasado para a terapia. Aliás, a "mania" dessa geração que se acostumou a culpar o estresse por todos os fracassos invadiu até a área do entretenimento.
Isso mesmo. O canal de TV paga HBO, por exemplo, aposta na série Em Terapia, que apresenta um formato de programa inusitado: a cada dia da semana, o público "invade" o consultório do psicanalista Paul Weston, interpretado pelo ator Gabriel Byrne, e assistem de camarote às sessões, descobrindo as angústias e dúvidas de cada paciente.A série mostra que qualquer pessoa poderia estar naquele divã. Segunda-feira é a vez da anestesista Laura, que acaba se apaixonando por Paul; os 30 minutos da terça são destinados ao piloto Alex e os da quarta à ginasta Sophie; na quinta, o especialista recebe o casal Jake e Amy. Mas, o momento mais esperado é a sexta-feira quando Paul - isso mesmo, o próprio psicanalista - se submete aos conselhos da terapeuta Gina.Com tanta gente interessada em se descobrir e resolver seus fantasmas, talvez só reste uma grande dúvida existencial nos consultórios: será que todo mundo precisa de ajuda psicológica? Segundo a psicóloga Marina Vasconcellos, a terapia é válida para todos que pretendem se conhecer melhor. "E, claro, todas as pessoas buscam a terapia impulsionadas por alguma dificuldade, seja ela emocional, profissional ou de outra natureza", afirma.
Mas, afinal de contas, o que é terapia?O termo correto é psicoterapia e trata-se de um tratamento para doenças mentais ou psíquicas, sem o uso de medicamento, e para ajudar o paciente a resolver ou lidar melhor com seus conflitos emocionais. Esses dilemas, inclusive,podem vir a se manifestar fisicamente sob a forma de dores - são as chamadas doenças psicossomáticas.O psiquiatra entra em cena quando há uma doença psíquica em que a medicação vai poder ajudar, como em casos de depressão, pânico, transtorno obsessivo-compulsivo. "Mas é fundamental que o paciente faça psicoterapia também, porque o resultado é melhor", diz a psiquiatra Maíra Della Monica Machado, da Faculdade de Medicina do ABC.Há diferença entre psicólogo, psicanalista e psiquiatra?Se você pretende receber acompanhamento de um profissional que trate dos "males da alma", mas está em dúvida de qual especialista procurar, confira a especialidade de cada um deles:- psicólogo: ele tem a formação acadêmica em psicologia e optou pela área clínica para trabalhar como psicoterapeuta. Pode seguir diversas linhas teóricas, como a de Jung ou a de Freud.- psicanalista: é o psicólogo ou mesmo médico que se especializou na psicanálise, ou seja, na teoria criada por Freud. É também denominado apenas de analista.- psiquiatra: é a pessoa que se formou em Medicina e, posteriormente, fez especialização em psiquiatria. É o único que pode receitar remédios para doenças mentais e psíquicas, como depressão, pânico, esquizofrenia.
ServiçoMaíra Della Monica Machado - psiquiatrawww.fmabc.brMarina Vasconcellos - psicólogamarina.vasconcellos@neolatina.netSueli Castillo - psicólogawww.sueli.psc.br As dores da alma deixaram há muito tempo de ser tratadas como frescura e, hoje, incomodam tanto as pessoas quanto qualquer sintoma físico. Inúmeras pesquisas que comprovam a influência das emoções na saúde também ajudaram a popularizar a figura do terapeuta. Resultado: o perfil de quem busca ajuda psicológica mudou e a psicoterapia parece ter virado moda.No dia-a-dia, é comum ouvir um colega de trabalho ou algum familiar - que não demonstra qualquer sinal de carências, dilemas ou traumas emocionais -dizer que está atrasado para a terapia. Aliás, a "mania" dessa geração que se acostumou a culpar o estresse por todos os fracassos invadiu até a área do entretenimento.
Isso mesmo. O canal de TV paga HBO, por exemplo, aposta na série Em Terapia, que apresenta um formato de programa inusitado: a cada dia da semana, o público "invade" o consultório do psicanalista Paul Weston, interpretado pelo ator Gabriel Byrne, e assistem de camarote às sessões, descobrindo as angústias e dúvidas de cada paciente.A série mostra que qualquer pessoa poderia estar naquele divã. Segunda-feira é a vez da anestesista Laura, que acaba se apaixonando por Paul; os 30 minutos da terça são destinados ao piloto Alex e os da quarta à ginasta Sophie; na quinta, o especialista recebe o casal Jake e Amy. Mas, o momento mais esperado é a sexta-feira quando Paul - isso mesmo, o próprio psicanalista - se submete aos conselhos da terapeuta Gina.Com tanta gente interessada em se descobrir e resolver seus fantasmas, talvez só reste uma grande dúvida existencial nos consultórios: será que todo mundo precisa de ajuda psicológica? Segundo a psicóloga Marina Vasconcellos, a terapia é válida para todos que pretendem se conhecer melhor. "E, claro, todas as pessoas buscam a terapia impulsionadas por alguma dificuldade, seja ela emocional, profissional ou de outra natureza", afirma.
Mas, afinal de contas, o que é terapia?O termo correto é psicoterapia e trata-se de um tratamento para doenças mentais ou psíquicas, sem o uso de medicamento, e para ajudar o paciente a resolver ou lidar melhor com seus conflitos emocionais. Esses dilemas, inclusive,podem vir a se manifestar fisicamente sob a forma de dores - são as chamadas doenças psicossomáticas.O psiquiatra entra em cena quando há uma doença psíquica em que a medicação vai poder ajudar, como em casos de depressão, pânico, transtorno obsessivo-compulsivo. "Mas é fundamental que o paciente faça psicoterapia também, porque o resultado é melhor", diz a psiquiatra Maíra Della Monica Machado, da Faculdade de Medicina do ABC.Há diferença entre psicólogo, psicanalista e psiquiatra?Se você pretende receber acompanhamento de um profissional que trate dos "males da alma", mas está em dúvida de qual especialista procurar, confira a especialidade de cada um deles:- psicólogo: ele tem a formação acadêmica em psicologia e optou pela área clínica para trabalhar como psicoterapeuta. Pode seguir diversas linhas teóricas, como a de Jung ou a de Freud.- psicanalista: é o psicólogo ou mesmo médico que se especializou na psicanálise, ou seja, na teoria criada por Freud. É também denominado apenas de analista.- psiquiatra: é a pessoa que se formou em Medicina e, posteriormente, fez especialização em psiquiatria. É o único que pode receitar remédios para doenças mentais e psíquicas, como depressão, pânico, esquizofrenia.
ServiçoMaíra Della Monica Machado - psiquiatrawww.fmabc.brMarina Vasconcellos - psicólogamarina.vasconcellos@neolatina.netSueli Castillo - psicólogawww.sueli.psc.br

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

ESTETIVA VERSUS SAÚDE

Por Adriana Leocádio
www.portalsaude.org

Será que esses dois temas que escolhi estão de lados opostos? Peço um pouco de reflexão de todos ao responder essa pergunta.

Durante dois meses estudei esse tema em parceria com diferentes profissionais de psicologia, psiquiatria, cirurgiões plásticos, fisioterapeutas ,cabeleireiros, dentistas, oftalmologistas e empresários do segmento de beleza. E adivinhem a conclusão desse estudo: todas as categorias estão interligadas.

Engana-se aquele que pensa que uma cirurgia plástica para colocar ou tirar uma prótese de mama é por pura vaidade ou porque não dizer “futilidade”. Essa área está intrinsecamente ligada ao lado emocional de uma pessoa, assim como também como está ligado ao fator clinico que pode desencadear doenças como: depressão, fobia social, coluna vertebral entre outras.

Ter um cabelo bem cortado, pintado é só vaidade, pura falta do que fazer para muitos, contudo além do fator de higiene pessoal, isso pode terminar a felicidade de muitas pessoas. Se procurarmos compreender a área de saúde bucal, ai é que tudo fica mais complicado. Alguém já parou para pensar a fobia social que vive uma pessoa que não pode desfrutar da delicia de saborear um delicioso prato de comida junto aos seus amigos e familiares?

Quantas doenças podem ser preventivas através de sessões de repociosamento postura, massagens, acupuntura... se formos apurar os números é algo impressionante.

Eu sofro com a miopia há 30 anos e hoje uma das coisas que mais me incomoda é ter que usar óculos até para tomar banho, pois mesmo com o advento cientifico da cirurgia a laser para correção, o custo da mesma se torna inveval para maioria das pessoas e os planos de saúde querem impor um limite mínimo de graduação da doença para custear as devidas despesas, pode? No meu caso, se for menos de 7 graus é considerado “estética”.

É justamente para quebrar essas barreiras e acima de tudo esses “paradigmas” que assumi a presidência da Ong Portal Saúde. Quero justamente com a população e o apoio dos médicos, setor privado possibilitar o maior número de acesso a tratamento para todos que precisam de apoio na “estética para ter saúde”.

Contem conosco.